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Brasileiro enfrenta o americano Matt Brown, nos Estados Unidos, na noite deste sábado
O capixaba Erick Silva fará pela primeira vez a principal luta da noite, neste sábado (10), quando enfrenta o norte-americano Matt 'Imortal' Brown, nos meio-médios. Vindo de uma vitória, nocauteou Takenori Sato, o brasileiro espera continuar a boa fase para melhorar no ranking oficial, onde ocupa a oitava posição.
Mas o adversário da vez não será fácil. Conhecido pela excelente força física, Brown promete cansar bastante o brasileiro, que se diz preparado para o desafio. “A luta desta vez vai ser de cinco rounds, todo o treinamento já seria diferente”, disse ele, para depois explicar que o pouco tempo de descanso ajudou na preparação. “Já vinha bem preparado da última luta, então não estou sentindo muito”.
Aos 29 anos, Erick tem cartel com dezesseis vitórias, quatro derrotas e um No Contest (luta sem resultado). Ele é apontado como um dos atletas mais promissores na categoria dos meio-médios, que tem o norte-americano Johny Hendricks como campeão.
Como você recebeu a notícia que faria a luta principal, qual foi sua reação?
Fiquei sabendo da oportunidade através do meu empresário, que ligou avisando que lutaria nos Estados Unidos. Após minha última luta (nocauteou Takenori Sato no primeiro round, em fevereiro), continuei treinando e seguindo a dieta. Por conta disso, será a primeira vez que eu começo os treinos para uma luta com 10 quilos acima do peso - geralmente começava com 16 quilos.
Seu rival é conhecido pela intensidade física, está fazendo alguma preparação especial?
A luta desta vez vai ser de cinco rounds, toda a preparação já seria diferente. Estou reagindo muito bem às planilhas que meus treinadores montaram, fiz doze rounds de quatro minutos de boxe. Começamos aumentando os treinos de contato físico em um minuto, para o corpo ir acostumando com a mudança. Já vinha bem preparado da última luta, então não estou sentindo muito.
Existe a preocupação com overtraining?
Voltei a treinar depois da minha vitória, mas não com a mesma intensidade. Fiz treinos na praia, mais regenerativos e com pouco esforço físico. Gosto desses treinos fora da academia, porque o público consegue me acompanhar, passando energia positiva.
Já estudou o jogo de luta do seu adversário, traçou alguma estratégia?
Estrategicamente, analisando os números dele, seria fácil levar a luta para o chão e tentar vencer com o jiu-jitsu - ele já foi finalizado três vezes seguidas, mas depois emendou alguns nocautes. Minha equipe está montando a melhor estratégia, sabendo que ele vem muito para cima. Lembrando que a luta tem cinco rounds, então preciso trabalhar bem minha explosão, saber quando usá-la.
Falando sobre sua derrota, como é a sensação de ser nocauteado?
Ser nocauteado é sinal que precisamos rever várias coisas. Estava até melhor na luta, mas não gostei da minha atuação naquele dia. Acho que fui muito afoito, tive vários problemas antes da luta e vi que poderia ter mantido a calma. O mais importante é que quando a luta acaba a gente consegue analisar e tirar um lado positivo.