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Fabrício Morango - Uma segunda chance de fazer diferente

"Dou tudo de mim ali dentro e vou deixar tudo ali.
São três rounds de cinco minutos e farei o máximo para deixar uma boa
impressão. Eles pagam
para darmos show, para conseguirmos o nocaute ou a finalização. Estarei
com essa mentalidade". - Fabricio Morango

Pode-se dizer que Fabrício “Morango” Camões já experimentou os dois lados da moeda dentro do UFC. Viveu a alegria de assinar contrato com a organização e passou pela experiência de sair dela. Duas vitórias depois disso, na próxima sexta-feira dia 20/1 - Morango (12-6-1) vai ter a chance de retornar ao Octógono e fazer valer a expectativa que todos têm sobre ele. O brasileiro encara o invicto Tommy Hayden (8-0-0) no UFC: Guillard vs. Miller, que acontece nesta sexta em Nashville, nos Estados Unidos.

"Estar no UFC sempre foi um sonho para mim, o meu objetivo desde o início da carreira. Aliás, estar dentro daquele cage é a vontade de todo lutador de MMA. O cara que quer estar entre os melhores do mundo e ser o melhor tem que estar ali dentro.

"Na minha primeira passagem, empatei por conta de um ponto negativo que levei contra o Caol Uno e tive uma derrota para o Kurt Pellegrino numa luta em que estive perto da finalização, nas costas dele. Mas isso são águas passadas", completa.

As lutas no UFCs 106 e 111 não foram exatamente como Morango imaginava. O especialista em jiu-jitsu vinha numa sequência de sete triunfos na ocasião, mas não conseguiu permanecer no evento depois de um empate e uma derrota. Da alegria à tristeza, da tristeza à alegria, Fabrício hoje se sente mais preparado para o desafio.

"Essa primeira chance foi boa porque, depois que sai, pude analisar todos os meus erros e me fortalecer. Quando recebi a notícia que saí, fiquei muito triste e, desde então, meu objetivo foi voltar. Foi um sonho que acabou, mas botei na minha cabeça que não ia desistir e que iria dar a volta por cima". Ele disse. "Mais uma vez Deus me iluminou e estou de volta. Quando recebi a proposta de substituir o Rafael Trator, agarrei a oportunidade com unhas e dentes. É um recomeço para mim e farei agora tudo diferente".

Tentar não repetir os erros da primeira passagem no UFC, é o passo inicial que todo atleta tem em mente quando retorna ao Octógono. Porém, no processo, o mais importante sem dúvidas é: você precisa acumular vitórias. E Fabrício teve a dose certa delas em suas duas apresentações logo após a saída do UFC. Lutando em edições seguidas do californiano Tachi Palace Fights em 2011, o faixa-preta da Gracie Tijuca/Gracie Humaitá despachou os veteranos do UFC Steve Lopez e Efrain Escudero, assegurando assim seu ingresso de volta ao UFC. Some a isso o fato de um alteração em toda a base de treinamentos, e Morango apenas quer mostrar os resultados diante de Hayden.

"Estou cercado de profissionais e de treinos de alta qualidade. Na minha primeira passagem pelo UFC estava num período de transição, havia acabado de me mudar para os Estados Unidos e, apesar de contar com a ajuda do Diego Sanchez, não tinha ninguém me coordenando na preparação", disse Fabrício. "O MMA é um esporte individual, mas a parte por trás do Octógono é muito importante e faz diferença trabalhar com pessoas que têm o mesmo objetivo. Treino com o KJ Noons, Jeremy Stephens, Dean Lister, uma galera muito boa. Também estou com um excelente treinador de muay thai, de wrestling e de boxe. Profissionalizei o meu treinamento e me dediquei demais. Consegui duas boas vitórias e estou de volta".

Fabrício admite que é diferente lutar no UFC. Quando pisou a primeira vez no Octógono ele tinha credenciais interessantes: um cinturão peso leve da MTL em 2006 e a fama de uma luta encardida com o campeão médio do UFC, Anderson Silva, no princípio da carreira de ambos no Brasil. Tais feitos não foram suficientes para o "strawberry carioca" se manter na organização, no entanto, dessa vez, ele sabe exatamente o que deve fazer.

"Acho que existe uma responsabilidade grande. Estar ali dentro significa ter conseguido a oportunidade da vida e, às vezes, colocamos muita pressão. No meu caso, me preocupava em não perder e acabei não rendendo o que deveria. Acho que isso acontece com muitos lutadores. Claro, ali é o maior evento do mundo e nenhum atleta é bobo. Mas já sei como é estar ali dentro e estarei bem mais à vontade".

O homem que estará do outro lado do corner do brasileiro é Tommy Hayden, que chega no UFC na mesma situação do brasileiro, entra como substituto de um lutador. Aluno do brasileiro Jorge Gurgel, Hayden esta invicto e não precisou dos jurados em nenhuma oportunidade - dividindo seu cartel entre finalizações, alguns TKOs e uma desqualificação. Fora uma participação no TUF9, números e estatísticas, Morango não sabe tanto sobre o adversário. Porém, isso agora é o que menos importa.

"Meu adversário mudou. Ia ser o Reza Madadi, mas acho que ele teve algum problema e agora vai ser o Tommy Hayden. Ele esteve na nona edição do TUF, mas acabou perdendo antes da final. Não tive tempo de estudá-lo, não sei muita coisa sobre ele, mas o treino já está feito e não tem muito o que mudar agora. Estou preparado seja para quem for".

Se o próprio lutador acha que não rendeu o esperado na primeira oportunidade no Ultimate, agora garante que tudo vai ser diferente. Aguardem por um novo Morango no dia 20.

"Não me guardo não, dou tudo de mim ali dentro e vou deixar tudo ali. São três rounds de cinco minutos e farei o máximo para deixar uma boa impressão. A organização quer show, por isso dão os bônus. Eles pagam para darmos show, para conseguirmos o nocaute ou a finalização. Estarei com essa mentalidade".