Algumas lutas começam muito antes de os atletas pisarem no octógono
Conor McGregor levou o ato de provocar um adversário antes da luta a outro patamar dentro do Ultimate.
O irlandês é um especialista em tirar seus oponentes do sério, como mostrou com José Aldo, Nate Diaz e, agora, Eddie Alvarez, que o enfrenta na luta principal do UFC 205, neste sábado.
Mas ele não é o primeiro a fazer isso, tampouco o único. Ao longo da história, algumas rivalidades entre brasileiros e estrangeiros ficaram marcadas pelo bate-boca. Relembre.
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Chael Sonnen
Não se pode fazer uma lista de grandes provocadores sem mencionar Chael Sonnen. Em 2010, o norte-americano chegou muito perto de vencer Anderson Silva e tirar o cinturão do brasileiro, mas acabou finalizado a menos de um minuto e meio do fim do combate que estava prestes a vencer por decisão unânime.
Daí em diante, Sonnen se tornou um verdadeiro “showman”. Convencido de que era o vencedor moral do combate, ele fez de tudo para atrair a atenção de Anderson: desde posts em redes sociais, um direto “Anderson Silva, você é horrível” em uma entrevista em pleno octógono após uma vitória, até comentários desrespeitosos a respeito da esposa do brasileiro.
Sonnen também se envolveu em uma rivalidade com Wanderlei Silva quando foram treinadores da terceira temporada do TUF Brasil, e chegou até a ir às vias de fato com o brasileiro em um dos episódios.
Chris Weidman
Quando enfrentou Anderson Silva pela primeira vez, Weidman ainda era considerado um atleta inexperiente, e muitos achavam que ele não teria a menor chance contra o Spider. Entretanto, em todas suas entrevistas antes do combate, o “All-American” fez questão de ressaltar que tinha certeza que seria o primeiro a vencer o maior campeão da história do Ultimate.
Dito e feito. Após a vitória e a conquista do cinturão dos médios, Weidman ficou ainda mais seguro de si, e passou a deixar de lado a imagem de bom garoto que tinha antes do título.
Em seguida, além de vencer Anderson, Weidman, que já havia derrotado Demian Maia, também passou por Lyoto Machida e Vitor Belfort, se tornando um verdadeiro carrasco dos brasileiros, e chegou até a postar uma foto com uma camisa do Brasil em suas redes sociais, cutucando: “Essa vai para os meus cinco fãs brasileiros”
Joanna Jedrzejczyk
A rivalidade entre Joanna Jedrzejczyk e Claudia Gadelha já se tornou uma das maiores do UFC. As duas se enfrentaram em duas oportunidades, em lutas extremamente equilibradas e repletas de alternativas, que acabaram com vitória da polonesa. Enquanto Claudinha foi a única a oferecer perigo para o reinado de Joanna, a campeã foi a única que derrotou a brasileira em toda sua carreira. E para melhorar, elas não se gostam nem um pouco.
Desde a pesagem para a primeira luta entre as duas, Joanna e Claudinha têm que ser separadas por terceiros quando se encontram. A situação não melhorou quando elas foram treinadoras no TUF 23 e conviveram por meses durante a gravação, sempre protagonizando cenas de tensão.
Conor McGregor
McGregor não leva o apelido de “Notório” à toa. Ele é extravagante, gosta dos holofotes e é excelente com as palavras.
Sua história com brasileiros começou quando ele enfrentou Diego Brandão logo em sua terceira luta pelo Ultimate. Tido como uma grande promessa do MMA europeu, Conor faria a luta principal de um evento em seu país natal, e usou de todo seu carisma para cativar o público e começar a se tornar a lenda que é hoje.
Mais confiante algumas vitórias depois, ele foi escalado para desafiar o cinturão de José Aldo e não deu trégua para o brasileiro. Foi encará-lo na plateia de um evento, “roubou” seu cinturão em entrevista coletiva e chegou a vir até o Brasil durante a semana do UFC 179 para prometer aos fãs que tiraria o cinturão de Aldo.
No fim das contas, sobrou até para Rafael dos Anjos, que, quando campeão da divisão dos leves, foi bastante provocado por McGregor, que já tinha a intenção de subir para a categoria de cima e buscar o segundo cinturão.
Neste sábado (12), ele terá esta oportunidade ao desafiar Eddie Alvarez na luta principal do UFC 205.
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