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Feijão promete entrar renovado contra OSP : "Não mostrei 20% do meu potencial"

Batalha de meio-pesados acontece no UFC 196


Rafael Feijão é, sem dúvidas, um nome respeitado entre os meio-pesados do UFC. Ex-campeão do Strikeforce e dono de 12 vitórias na carreira, sendo 11 nocautes, o paulista retorna ao octógono em 6 de fevereiro para enfrentar Ovince St-Preux no UFC 196 e, com uma vitória, engatar em uma boa fase na organização.

Apesar do bom currículo, Feijão ainda não conseguiu emplacar uma sequência de vitórias no octógono. Em conversa com o UFC Brasil, o lutador afirmou que isso aconteceu por diversos motivos, e um deles é a longa batalha que travou contra lesões, que o permitiram fazer cerca de uma luta por ano.

"Eu não consegui mostrar nem 20% do meu potencial, mas tem vários fatores externos também. O intervalo entre as lutas é um deles. Tudo é treino. Se você não tiver um ritmo de luta, não consegue o desempenho que vai ter normalmente".

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Confira a entrevista completa com Rafael Feijão.

Como avalia o Ovince St-Preux?

Ele é um trocador. É um atleta que, na maioria das vezes, aceita trocação. Minhas duas últimas lutas foram derrotas para grapplers, que realmente ficaram fazendo o antijogo. Na parte em pé eu sou bem confiante, e acredito que vai ser uma luta que vai decorrer dessa forma: bastante trocação de ambas as partes. Acredito que ele vai aceitar esse jogo, e quem ganha é o público.

Quais são os pontos fortes e fracos dele, e como isso se encaixa no seu jogo?

Um dos pontos fortes é a envergadura dele. Ele usa bem o corpo, é comprido e sabe jogar. Tem gente que é comprida e não sabe usar isso bem, mas ele sabe jogar com a envergadura. O ponto fraco dele acho que é o chão, que é meio cru, tem posições grosseiras de finalização, mas ele é completo. Isso encaixa no meu jogo porque o ponto forte dele é um ponto muito forte meu, acredito bastante na minha parte em pé. Fico em pé na frente de qualquer pessoa do mundo da luta. Venho provando isso durante esse tempo que venho competindo. A minha parte de chão é bem superior à dele. É um buraco que se tiver a oportunidade, vou pegar.

Deu para tirar alguma coisa da luta dele contra o Glover Teixeira, na qual ele acabou finalizado?

Deu, mas em algumas outras lutas já tinha visto os buracos dele no chão, algumas aberturas. Para quem não sabe, eu vim do jiu-jítsu, mas ganhei todas as minhas lutas por nocaute. Quem é do jiu-jítsu vê vários buracos ali.

Você é um atleta respeitado, ex-campeão do Strikeforce, mas ainda não conseguiu emendar uma sequência de vitórias no UFC. Por quê?

Eu não consegui mostrar nem 20% do meu potencial, mas tem vários fatores externos também. O intervalo entre as lutas é um deles. Tudo é treino. Se você não tiver um ritmo de luta, não consegue o desempenho que vai ter normalmente. Desempenho de academia é uma coisa. De luta, é outra. Antes dessas lutas, na academia, estava voando. Sempre treinei muito forte, então algumas lesões me pararam por meses e eu voltava a treinar em cima da luta. Se recuperar de uma lesão e entrar em uma luta é bem difícil.

Eu sou muito competitivo comigo mesmo. Quando perco uma luta, não acho que perco para o adversário, eu perco para mim. Eu vi esses detalhes, coisas que não conseguiria resolver sozinho. O que eu conseguiria resolver sozinho é a parte de wrestling, que eu sempre fui bom. Estava deixando buracos para ser botado para baixo, não desenvolvia meu chão. Queria tanto terminar a luta de uma forma (específica) que quando ela estava se encaminhando para uma finalização, eu queria voltar em pé. Tenho que ir mais com a onda, e consegui arrumar essa parte.

Você está em 13º lugar no ranking, e ele está em 6º. Onde uma vitória te leva?

Não estou pensando nisso agora. Estou pensando na luta com ele. Meu foco está direcionado, estou estudando bastante todos os dias para entender como vai ser, e para estar preparado para qualquer possibilidade. Essa luta é muito importante para mim. Uma vitória me joga lá em cima, entre os top 10. Já estaria no meio do furacão do cinturão de novo, então isso é muito interessante.

O que podemos esperar de você no octógono?

O de sempre: agressividade, com controle maior. Estou lá dentro para terminar o combate. Todo mundo que me conhece, que assiste às minhas lutas, sabe que não tem enrolação. Eu vou para acabar mesmo. Estou bem preparado, focado, consegui tapar os buracos dos meus defeitos e vou sair com essa vitória.