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Gadelha e Esparza recontam rivalidade de cinco anos antes do UFC 225

Lutadoras apostam em evolução do esporte para ter um bom combate neste sábado (9)


O UFC 225 tem um dos melhores cards do UFC em 2018 e, entre tantas lutas interessantes, um duelo do peso-palha se destaca: depois de cinco anos e dois cancelamentos, Claudia Gadelha e Carla Esparza finalmente vão medir forças dentro do cage.

Em janeiro de 2013, a disputa pelo cinturão inaugural peso-palha do Invicta FC teve que ser mudada após Gadelha quebrar o nariz. Em julho daquele ano, a já campeã Esparza viu sua defesa de título ser cancelada após a adversária ter problemas de saúde e precisar ser levada de ambulância ao hospital após a pesagem.

Esparza, que tinha 25 anos na época, relembra que nunca havia passado pela experiência de ter um duelo cancelado, e que chegou até a pensar que o combate com a brasileira jamais aconteceria depois que a luta caiu pela segunda vez.

"Era a minha primeira vez lutando por um título, e era algo muito animador. Fiquei muito assustada quando a luta foi cancelada. Isso nunca havia acontecido comigo, era a maior oportunidade da minha carreira até então e estava preocupada", declarou a atleta em conversa com a reportagem do UFC Brasil.

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"Quando a segunda luta foi cancelada, isso mexeu muito com a minha cabeça. Fiquei tipo 'essa luta está amaldiçoada'. Foi muito decepcionante, mas pouco tempo depois recebi uma ligação do Dana White me dando as boas-vindas ao UFC. Então tudo acontece por um motivo".

Aparentemente sim. Esparza e Gadelha poderiam ter a chance de se enfrentar mais uma vez na 20ª temporada do The Ultimate Fighter, mas a brasileira acabou não participando do programa. A norte-americana venceu o reality, tornando-se a primeira campeã peso-palha da história do evento, e Gadelha virou presença constante no top 3 da categoria.

E durante todos esses anos a luta continuou a ser sondada, surgindo uma rivalidade entre as atletas. De acordo com Gadelha, é melhor que a luta só esteja acontecendo agora porque a rápida evolução do MMA fará dela um espetáculo maior para os fãs.

"A Carla vinha ganhando de todo mundo, eu vinha ganhando de todo mundo no Brasil e era invicta, então tinha tudo a ver. Os camps que fiz para ela foram perfeitos, mas acho que naquela época eu não tinha maturidade o suficiente para entender de estratégia. A gente vê nitidamente que o MMA mudou bastante nesses últimos dois anos, e acho que evoluí muito não só na parte física e mental, mas também na parte de entender de estratégia", disse.

"A gente entra na luta sabendo tudo o que a adversária vai fazer, e ela também sabe o que a gente vai fazer. Você tem que ser boa o suficiente para impor o seu jogo mesmo assim. O nível aumentou, a gente vive uma nova era, e eu estou feliz de lutar com ela nessa era".

Esparza concorda.

"Quem sabe o que teria acontecido se nós tivéssemos lutado naquela primeira vez, ou na segunda, ou no TUF? Esse esporte está sempre evoluindo. Sinto que sou uma lutadora melhor do que era há cinco anos, e talvez ela também".

"Veremos no sábado". 

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