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A história parece até o roteiro de um filme: dois campeões do The Ultimate Fighter se tornam treinadores do programa e eventualmente lutam por um título mundial que apenas um deles pode ter.
A própria definição de um lutador que pagou suas dívidas, Kelvin Gastelum estará procurando o final de conto de fadas para essa história quando enfrentar o campeão Robert Whittaker pelo cinturão dos médios neste sábado no UFC 234.
Desde o reinado dominante de Anderson Silva (que aparece na co-principal, antes da luta de Gastelum), a cinta dos médios foi hasteada por um número de outros lutadores, incluindo Luke Rockhold, Georges St-Pierre e Michael Bisping antes de Whittaker envolvê-la sua cintura.
Assistir ao cinturão mudar constantemente de mãos é algo que o aspirante de 27 anos quer pôr fim, e espera que seu desempenho neste final de semana traga para si uma era de dominância.
UFC: Na própria definição de "tudo ou nada", você está prevendo um nocaute no primeiro round sobre Robert no sábado.
KG: Eu posso estar errado, mas sim. Estou muito confiante em minhas habilidades e muito confiante no trabalho que coloquei neste camp, e me sinto fantástico. Tão fantástico que estou prevendo um nocaute no primeiro round. Você sabe, eu posso estar errado. Estou pronto para uma guerra de 25 minutos, no entanto. Eu só quero poder ir lá e demolir e tirar esse título do Rob. Eu não quero que seja uma luta parelha.
UFC: Você e Robert tiveram uma jornada parecida antes desta luta. Vocês são ambos vencedores do TUF, foram treinadores do TUF, e agora estão aqui lutando pelo cinturão. Você não poderia escrever uma história muito melhor para este confronto.
KG: Sim, Rob tem sido um cara que eu assisti um pouco agora, e eu sempre achei que ele e eu poderíamos ser uma ótima luta. Ele não é um cara que procura as quedas, e eu também não. Embora ele tenha um histórico de jiu-jítsu e eu tenha um histórico de wrestling, somos dois caras que gostam de boxear; dois caras que gostam de trocar.
UFC: E como foi a dinâmica quando vocês estavam filmando o The Ultimate Fighter juntos?
KG: Tudo bem. Eu me adapto aos meus oponentes, eu não me importo se eles querem estar perto de mim ou não.
Nós não passamos mais do que o tempo necessário juntos porque é um pouco estranho. Você tem essa tensão entre dois caras que vão lutar. Mas ele é um cara respeitoso. Eu sou um cara muito relaxado. Foi tudo bem, nós só não ficamos juntos mais do que era preciso.
UFC: Você e Robert são jovens, é possível que este seja apenas o primeiro episódio desta série?
KG: Sim! Ele tem apenas 28 anos, eu tenho apenas 27 anos. Ainda não atingimos nossos auges físicos. Vamos ficar aqui por um bom tempo.
UFC: Whittaker é conhecido por ter um estilo único. Conte-me sobre a evolução do seu próprio jogo e como você se prepara para um cara assim?
KG: Eu venho de um histórico de wrestling, mas amo treinar boxe. Eu amo boxe. Eventualmente adoraria fazer uma luta de boxe. Eu tenho melhorado meu jogo na Kings MMA com o Mestre Cordeiro, e esses caras me ajudam a evoluir a cada dia.
UFC: Você está obviamente focado no desafio, mas o quão interessado você estará no que acontece na co-principal do UFC 234?
KG: Na verdade, como fã, estou animado para essa luta: Anderson Silva x Israel [Adesanya]. Eles dizem que é o passado contra o futuro, mas eu acho que as pessoas estão subestimando o Silva, você sabe o que eu quero dizer? Ele ainda é o melhor de todos os tempos. Ele ainda é o Anderson Silva.
UFC: Você não está apenas enfrentando o Whittaker em Melbourne, mas há uma tonelada de outros lutadores australianos e neozelandeses neste card, então não será uma multidão amigável. Você gosta de lutar em território inimigo?
KG: Ah sim, estou perfeitamente confortável nessa posição. Rob é quem luta em seu país de origem. Rob é quem tem as expectativas das pessoas sobre ele. Não tenho pressão nessa luta, não é a primeira vez que estou nessa posição. Eu fui ao Rio e lutei com o Jacaré. Eu fui para Fortaleza e lutei com o Vitor. Fui a Long Island e lutei contra Chris Weidman. Eu não fui o cara da cidade natal nas minhas últimas lutas, então estou perfeitamente bem com isso.
UFC: Ganhar uma luta onde você não é o cara da cidade é um pouco mais gratificante?
KG: Não necessariamente gratificante, mas definitivamente calo os críticos o tempo todo. Haverá muitos australianos loucos naquela noite. Eu definitivamente vou ser capaz de roubar o show.
UFC: Você falou no passado sobre trazer legitimidade à divisão, o que você quis dizer com isso?
KG: Rob tem sido um grande campeão, mas tivemos um campeão interino, todo a situação com GSP e Mike Bisping, e apenas uma loucura na divisão. Sinto que quero ser o campeão que defende o cinturão contra o número um, sempre.