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Entrevistas

Gilbert Burns é um nome a ser lembrado

"Durinho" está determinado a fazer seu nome ser lembrado quando encarar o ex-campeão Tyron Woodley

Gilbert Burns mal terminara de comemorar a maior vitória de sua carreira em 14 de março, quando começou a procurar outra luta. No meio de uma pandemia.

"É como a criança na classe em que o professor faz qualquer pergunta e eles levantam as mãos: 'eu, eu'", Burns ri. "Era eu. Quem quer lutar com (Tryon) Woodley? Eu. Eu quero lutar, especialmente quando é contra o número um do ranking e ex-campeão.”



No sábado (30), Burns realizará seu desejo quando enfrentar Tyron Woodley na luta principal do UFC Vegas. Parece bastante simples, mas foi um longo caminho até conseguir acertar o combate. Tudo começou na semana em que Durinho venceu Demian Maia por nocaute técnico no primeiro round.

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Naquela época, a pandemia do COVID-19 estava começando a fechar as portas de tudo. De fato, a batalha Burns-Maia foi travada em uma arena vazia em Brasília. Esperava-se que o card do UFC Londres, que aconteceria na semana seguinte e teria Woodley x Leon Edwards, prosseguiria da mesma maneira ou mudaria para os Estados Unidos. O plano então seria fazer o evento nos EUA, mas Edwards não seria capaz de viajar.



Burns se ofereceu. Não deu certo.



Depois, houve conversas sobre Woodley lutando contra Burns em 18 de abril. Nada.



9 de maio? Idem.



Por fim, a luta foi marcada para este fim de semana e ninguém ficou mais feliz do que Durinho, que admite que ficou em dúvida por um tempo.

"Quando (o presidente do UFC) Dana White falou, comecei a acreditar mais", disse Burns. “Eu estava me preparando de qualquer maneira. Adoro treinar e tenho fome de melhorar e adoro ficar em forma. É apenas a rotina normal de treinar duro, e assim que eles confirmaram a data, eu disse, ok, vamos nessa. Eu fiquei bem empolgado”, disse.



É uma grande luta: o retorno do ex-campeão contra um candidato faminto que se reinventou nos 77 Kg. Mas mesmo antes do início da luta no UFC Apex, você precisa apreciar a determinação obstinada de Burns em encontrar Woodley no Octógono.



"Todo o respeito pelo cara, mas tentei ser engraçado, fazer a luta acontecer e fazer as pessoas rirem disso", disse Burns. “Mas o verdadeiro motivo foi porque eu quero lutar. Nada é maior que isso. Se eles vão fazer uma luta, é melhor você colocar meu nome lá”.



E dê crédito a Woodley por lutar contra o explosivo brasileiro, que demonstrou a capacidade de terminar combates com seu striking ou seu jogo de jiu-jítsu de classe mundial. É uma combinação difícil de se preparar, e se você estiver jogando matemática no MMA, Burns levou menos de três minutos para fazer o que Woodley não conseguiu em cinco rounds com Maia. Então Burns entende por que talvez a luta não tenha acontecido mais cedo.



"Acho que estava um pouco na cabeça dele que esse cara está super faminto e ganhando impulso", disse Burns. “Eu acho que ele está tipo, 'Ah, eu não quero brigar com esse cara agora. Não tenho o suficiente para vencer.’ E a última luta dele foi em março de 2019. Minha última luta foi em março de 2020, então eu tenho lutado, estou pronto e vencendo esses caras.”

Brasil

Burns também ficou ocupado e afiado. Desde que Woodley perdeu seu título para Kamaru Usman em 2019, o brasileiro lutou e venceu quatro vezes. Três dessas vitórias vieram em seu retorno ao meio-médio, um movimento que não era apenas necessário, mas solicitado por sua esposa Bruna e seu nutricionista Dr. Marcelo Ferro.



E embora Burns tenha tomado a decisão final depois de dois cortes de peso brutos para 70 Kg antes das lutas com Dan Hooker e Mike Davis, ele está feliz por ter tido essas experiências.



“Eu precisava das lições, precisava da derrota para Dan Hooker, tendo o pior corte de peso antes dessa luta, depois tendo um corte ruim novamente com Mike Davis. Eu estava me machucando muito com o corte de peso e, assim que parei, comecei a performar melhor e me sentir melhor. Minha última luta fala por si. Foi muita experiência, muito aprendizado.”



Agora, há muito a ganhar para o lutador de 33 anos, que pode entrar no combate de sábado como a zebra de acordo com os apostadores, mas não pelo homem no espelho. E se Woodley ou alguém o está subestimando, Burns agradece a oportunidade de silenciar os que duvidam.



"Acho que agora eles devem saber quem eu sou", disse ele. “Mas, para ser sincero, eu nem me importo se eles percebem ou não. Assim que eles fecham a porta do Octógono, se não sabiam, agora você sabe.



O UFC Vegas terá transmissão ao vivo e exclusiva do Canal Combate neste sábado (30), com início do card preliminar previsto para as 19h (horário de Brasília).

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