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Após vencer Stephen Thompson no último mês de julho e defender a 2ª posição no ranking dos meio-médios, Gilbert Durinho começou a se preparar para seu próximo desafio; mas este não será dentro, e sim ao lado do Octógono.
Neste sábado (7), ele estará no corner de Vicente Luque para a luta do amigo e parceiro de treinos contra Michael Chiesa no UFC 265, e em conversa com a reportagem do UFC Brasil, disse que considera essa uma tarefa mais árdua do que até mesmo lutar.
“Fazer o corner é mais difícil, seja do Vicente ou do meu irmão, porque eu fico muito nervoso, mas não quero passar aquele nervosismo”, disse. “É difícil você se concentrar, assistir a luta, entender o que o seu atleta está fazendo, o que seu oponente quer fazer, e dar as instruções corretas. Tem gente que acha que é fácil, mas é uma coisa que tira muita energia, desgasta muito”.
Atual 6º colocado no ranking dos 77 Kg, Luque irá em busca da quarta vitória seguida no Octógono no duelo contra Chiesa, o 5º na categoria, que superou seus quatro últimos adversários.
Agora na posição de treinador, Durinho reconhece que o “aluno” terá uma dura missão pela frente, mas acredita que sua resiliência e agressividade serão fatores chave na conquista de mais um triunfo.
“O Chiesa não é tão reconhecido quanto deveria. É um oponente muito duro”, analisou. “Até vejo o Vicente passando um pouco de sufoco em algum round, mas depois disso o Vicente conseguindo brigar, levantar e começando a defender as quedas”.
“Vejo o Vicente conseguindo manter a luta em pé no 2º e 3º rounds, conseguindo frustrar o Chiesa… acertando uma mão, castigando com os chutes”, continuou. “Com o Vicente, é sempre nocaute, é sempre na emoção. Consigo ver ele vencendo por nocaute, com uma joelhada talvez. Mas não vai ser uma luta fácil”.
Apesar de saber que uma vitória certamente colocará Luque ao seu lado Top 5 dos meio-médios e na pequena lista de candidatos imediatos ao cinturão da divisão, Durinho descartou qualquer possibilidade de se ver diante do amigo no Octógono, cogitando inclusive uma mudança de categoria caso seja necessário.
“O Vicente é um cara com quem eu não lutaria por dinheiro nenhum no mundo”, garantiu. “Eu quero ser campeão, ele quer ser campeão e estamos ajudando um ao outro. De maneira alguma quero entrar no caminho do sonho dele. Nem que isso signifique que eu futuramente volte ao peso-leve, que é algo que eu não gostaria, mas faria. Quando o primeiro chegar lá, o outro vai dar um jeito. Mas não lutaríamos de jeito nenhum”.
Confira a entrevista na íntegra: