Entrevistas
Durinho respeita Chimaev, mas avisa: "Sou problema para qualquer um"
Brasileiro e sueco lutam no card principal do UFC 273, no próximo sábado (9)
Gilbert Durinho terá mais um grande desafio no Octógono neste sábado (9). O brasileiro encara a sensação Khamzat Chimaev no card principal do UFC 273, em um duelo programado para três rounds e que será realizado no peso meio-médio.
Confira o card completo do UFC 273
Em entrevista ao UFC Brasil, o brasileiro comentou sobre a expectativa de lutar contra o sueco, que vem vencendo os adversários de forma avassaladora. "Eu quero ser campeão, então não dá para ficar escolhendo muita luta", disse Durinho. "Estou com 35 anos, então não estou novo e nem no começo da carreira. Tem muita gente seguindo o Chimaev, muita gente ligada nele. Então eu acho que é uma luta que vai tomar uma proporção muito grande, assim como uma vitória sobre ele".
Quando o faixa-preta de jiu-jítsu cita que não está no começo da carreira, é preciso relembrar que ele chegou ao UFC em 2014. Durinho estreou no peso meio-médio e venceu, mas logo em seguida baixou para os leves e só voltou a lutar na atual categoria em 2019. De lá para cá, ele perdeu apenas uma em seis lutas - justamente para o campeão Kamaru Usman, em fevereiro de 2021.
Chimaev, por outro lado, está apenas há dois anos no UFC, mas venceu seus quatro duelos de forma impressionante, sem nunca ter ido para as mãos dos juízes. "Eu acho ele muito bom no wrestling", comenta o brasileiro, respeitando o rival. "É o ponto mais forte dele, mas ele também tem a mão pesada. Ele tem um nocaute no UFC no peso-médio. Tem uma trocação boa, com base mais voltada ao boxe. Ele não chuta tanto, mas tem um jiu-jítsu bom também. É completo".
Outro ponto que talvez pudesse trazer dificuldades ao brasileiro no duelo é a diferença de envergadura e altura, já que o russo é dez centímetros maior em ambos os quesitos. Para Durinho, porém, isso não é novidade, já que boa parte dos lutadores da categoria são mais altos do que ele.
"Não é a primeira vez e nem será a última que os adversários serão mais altos do que eu ali. O Demian é mais alto que eu, o Usman também, o Stephen Thompson. Então quando eu subi de categoria, eu entendo que me sinto muito bem e muito forte, mas não tenho envergadura e altura iguais aos outros. Eu sou menor, mas me sinto muito rápido e forte. Com poder de nocaute, gás e jiu-jítsu afiado. Sou um problema para qualquer um".
E ele espera ser um problema para Chimaev, que até o momento não demonstrou nenhuma dificuldade para sair vitorioso no Octógono. Para isso, o brasileiro "importou" dois parceiros de treino da Rússia, com estilos de luta parecidos com o do oponente.
"Eles pediram sigilo sobre o nome. Eles estão treinando bastante comigo e é muito parecido com o que ele faz. A parte de queda, de controle. É um wrestling de outro nível, extremamente técnico. O ground and pound, por exemplo, é fora do normal. Estão me ajudando a desenvolver muita coisa no meu jogo, na parte de defesa, de ataque, e de ver oportunidades e brechas dele".
Tudo isso aliado com o conhecido jiu-jítsu do brasileiro, que já lhe rendeu quatro finalizações na organização. Assim, Durinho espera oferecer novos desafios a Chimaev.
"O jiu-jítsu está afiado. Muito ataque por baixo e muita levantada também. Às vezes a luta pode nem ir para o chão, mas se chegar ali nós estamos com planos de tentar finalizações, levantadas e raspagem. Se a luta chegar ali, o jogo está afiado. Vai rolar muito jiu-jítsu".
Caso consiga se tornar o primeiro a superar Chimaev, Gilbert mira uma nova disputa de título. "Depende muito de como vai acontecer a vitória. O Dana disse que o vencedor vai lutar pelo cinturão, mas acho que é tudo pela performance. Eu ganhando desse cara de uma forma boa, eu luto pelo cinturão", finalizou.
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