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Gleison Tibau reflete vitória e quer mais

Décima luta no Octagon e sexta vitória conquistada. Se o recorde não nos parece tão deslumbrante quando citado, é única e exclusivamente porque nós não estamos na pele do atleta em questão. Gleison Tibau (30-6) derrotou Josh "The Dentist" Neer (25-9-1) no UFC 104 do último dia 24 de outubro por decisão unânime e não deixou a incomoda "segunda derrota consecutiva" se repetir em sua carreira - fato que já havia posto o lutador em situação delicadíssima em 2008. Contra Neer, Tibau tinha a pressão por uma vitória como adversário extra, mas uns bons socos seguidos por uma queda cinematográfica, logo no princípio do round de número um, vieram como bons sinais para o brasileiro.   


"Foi uma luta dura, mas senti muita confiança naquilo que eu tinha para mostrar do começo ao fim," ele disse. "Achei o Neer duríssimo, ele vem para cima o tempo todo e tem uma guarda perigosa."   


A guarda de Neer, um das preocupações de Tibau na preparação para o combate, não chegou a ser um perigo eminente. Entretanto, ele ficou com o sinal de alerta sempre ligado.   


 "Apesar de não me sentir ameaçado em nenhum momento da luta, ao mesmo tempo não estava confortável dentro da guarda dele." Ele comentou.  

 

O representante da American Top Team sabia - por ter suas raízes no Jiu-jitsu - que uma vitória por finalização contra Neer estava sendo cobrada pelos fãs. Ela não aconteceu. Mas Tibau conseguiu mostrar que aqueles socos no começo da luta não foram apenas um acaso. 


"Como ele era um cara striker, eu treinei bastante Boxe e alguns entraram bem," ele disse. "Mas sempre foco era o Jiu-jitsu."

"Quando eu estava nas costas dele tive essa situação como único momento que poderia ter finalizado," Tibau comenta. "Ele teve sorte em virar para o lado certo e eu não consegui encaixar a finalização." 


Ainda em solo americano, mais precisamente em Coconut Creek na Flórida, Tibau, que retorna ao Brasil no próximo dia 10, demonstra que se o UFC quiser que ele lute pela quarta vez este ano, não haverá problemas.  


"Para mim a rotina está sendo boa, estou sentindo muita segurança e confiança nas lutas," disse o atleta que já lutou cinco vezes no ano de 2004, quando ainda não era do UFC. "Eu sou um funcionário da UFC se eles quiserem que eu lute este ano ainda, estarei pronto."