Brasileiro mede forças com Nikita Krylov neste sábado (14), no UFC Vancouver
Glover Teixeira vive um ótimo 2019 até agora. O brasileiro já subiu duas vezes ao Octógono e nas duas ocasiões teve a mão erguida, finalizando Karl Roberson com um katagatame e Ion Cutelaba com um mata-leão.
Estas foram as primeiras vitórias de Glover por finalização desde 2015, e ele contou, em conversa com o UFC Brasil, que muito disso se deve justamente ao seu último revés, contra Corey Anderson por decisão unânime em 2018.
"Depois que eu perdi a luta para o Corey Anderson, que foi uma luta bem amarrada, eu fiquei chateado porque não trabalhei tanto o jiu-jítsu”, disse, “Eu gosto da parte de boxe, gosto de buscar o nocaute, a galera gosta mais da luta em pé, né? Mas eu não posso esquecer do jiu-jítsu, e esse foi o aprendizado daquela luta".
Aos 39 anos de idade, Glover sabe que novos nomes estão aparecendo na divisão dos meio-pesados. Os últimos desafiantes ao cinturão, Thiago Marreta e Anthony Smith, vieram da categoria dos médios; outros nomes como Dominick Reyes, Aleksandar Rakic e Johnny Walker estão em ascensão.
Mas o brasileiro, que desafiou Jon Jones pelo título há cinco anos, segue fixo no Top 10 da categoria porque não se permite parar no tempo.
"É sempre bom ver a geração nova aparecendo e a gente que está lutando há vários anos tem que correr atrás”, disse, “Eu sou da fase 'old school', mas estou sempre aprendendo com os caras mais novos, porque a coisa anda para frente, né? Os meninos estão chegando e a gente tem que aprender com eles. Acho que a experiência conta muito, mas os caras estão subindo bem na categoria e a gente tem que aprender, não pode ficar para trás".
Neste final de semana, o brasileiro vai para seu terceiro compromisso no ano enfrentando o ucraniano Nikita Krylov - 12 anos mais novo que o brasileiro - no UFC Vancouver, e fala com empolgação sobre o confronto.
"O Nikita é um cara duro, tem vitórias sobre grandes nomes, acho que é um lutador completo, tem um arsenal de nocautes e finalizações, mas acho que é uma luta ótima para mim”, analisou, “É um cara que gosta da trocação também, mas acho que ainda não está no meu patamar".
Sempre sensato em suas entrevistas, o mineiro fala com naturalidade sobre suas ambições e os próximos passos na organização. Ele sabe que, no momento, não está próximo de uma nova disputa de cinturão, e nem está obcecado por essa oportunidade. Mas enxerga boas oportunidades adiante.
"Agora eu tenho que enfrentar o Nikita Krylov, que é uma luta dura. Falar em revanches, a gente sempre acha que pode ganhar dos caras que nos venceram. Mas eu não ligo muito. Claro, gostaria de lutar contra um Top 10 da categoria, um Top 5 talvez. Vamos ver depois dessa luta quem vai ser o próximo adversário. Tem muita gente com luta marcada, então vamos esperar para ver".