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Gray Maynard – O que importa é hoje

"Agora todo mundo está completo, todo mundo é duro, e todo mundo é muito bem pago de maneira que possam treinar da melhor forma possível, e o esporte está evoluindo. E você quer que o esporte evolua e você tem que evoluir muito também. Isso é importante".     

Sua mãe sempre diz, diga com que andas e eu te direi quem és. Se isso é verdadeiro no MMA, o currículo de Gray Maynard ficará cada vez melhor.        Frankie Edgar, adversário de Maynard na luta principal do UFC 125 de sábado, é um campeão do mundo. Nate Diaz está com 2-0 com duas finalizações entre os meio-médios desde seu combate de janeiro 2010. Kenny Florian é um ex-desafiante ao título por duas vezes. Dennis Siver está com 6-2 após a derrota para Maynard. E Jim Miller vem de seis vitórias consecutivas depois de perder para 'The Bully'.        Esse é o desafiante número para você, e quando você considera que seu cartel contém uma série de profissionais de alto nível,  realmente importa que ele derrotou todos eles por decisão?        "Eu acredito que as pessoas que falam sobre as decisões o tempo todo, rotulando  esse cara de porcaria porque ele vence por decisão, eles estão sendo rudes, porque o diferencial está ficando muito estreito entre os tops", disse Maynard, invicto em 12 lutas profissionais. "E ninguém vai desistir e vai ficar cada vez mais difícil conseguir nocautes. Todo mundo sabe jiu-jitsu agora, e serão as pequenas coisas que vão ganhar grandes lutas por uma margem estreita".        Maynard tornou-se um adepto em dominar essas pequenas coisas. Quer seja em pé ou no chão, o ex-destaque da Universidade de Michigan no wrestling tornou-se um experiente lutador de MMA, que pode vencer qualquer um, não apenas em seu jogo, mas no deles. Mas, ao mesmo tempo, ele ouviu críticas por não finalizar ou nocautear desde que despachou Joe Veres em nove segundos em setembro de 2007.        "Eu não sei o que as pessoas estão buscando às vezes. E eu posso compreender, você é fã e quer um drama onde um cara é quase nocauteado, se recupera e vence. É isso que faz a tevê e os grandes filmes - o drama. Mas eu não estou tentando criar nenhum drama, estou tentando derrotar esse cara, é isso".        É o mesmo dilema colocado no atual reinado do campeão meio-médio Georges St-Pierre, que não perdeu um round, e muito menos uma luta, desde 2007.        "Ele está dominando", disse Maynard de GSP. "Ele está fazendo um ótimo trabalho e ele está no auge de seu jogo. As pessoas não estão desistindo, as pessoas não têm as falhas que tinham antes, quando você poderia dizer que aproveitaria isso porque é uma abertura enorme. Agora todo mundo está completo, todo mundo é duro, e todo mundo é muito bem pago de maneira que possam treinar da melhor forma possível, e o esporte está evoluindo. E você quer que o esporte evolua e você tem que evoluir muito também. Isso é importante".         E quando se trata dele, Maynard será Maynard, e o nativo do Arizona é um vencedor, e até você derrotá-lo, terá de lidar com ele. Não se ouve seus colegas reclamando sobre ele, eles apenas estão tentando descobrir o enigma que Maynard apresentou até agora. Atualmente trabalhando nessa fórmula está Edgar de New Jersey, que Maynard venceu por decisão unânime, em abril de 2008. Pergunte à Maynard sobre essa luta e se ele achava que encontraria o 'The Answer' novamente, e ele é honesto na sua resposta.        "Eu sabia que ele era bom, mas eu apenas não tento olhar tanto para o futuro", diz Maynard. "Eu apenas tento me concentrar em quem tenho lado, e até eu tê-lo novamente, eu não me importava".         Maynard faz algumas lembranças dolorosas da luta.        "Eu terminei com a mão quebrada naquela luta e tive um ferimento feio no olho. Ele é um garoto forte e foi uma luta dura. Elas (as lutas) são sempre boas se você tiver um bom adversário".        Dando uma olhada para trás, o primeiro combate com Edgar não foi o mais difícil de de Maynard no UFC. Essa honra iria para sua vitória por decisão dividida sobre Nate Diaz vencer em janeiro passado. Mas o que importa para ele é o que sempre esteve no topo da sua lista de prioridades - hoje. O que aconteceu ontem é passado e o que vai acontecer amanhã depende de como ele se apresenta hoje. Ele vive dessa maneira desde que saiu das fraldas e, aos 31 anos de idade, é óbvio que essa atitude mental tem servido muito bem.        "Acho que competindo em um esporte de combate desde a época eu tinha três anos, o meu processo inteiro de vitórias, derrotas, sonhos desmoronando, atingir as metas, os altos e baixos, e tudo volta a se concentrar apenas no hoje", disse ele. "Não olhar para o cinturão, o que vai acontecer se eu perder, o que vai acontecer se eu ganhar. Basta concentrar-se no hoje e no que tenho que cuidar hoje, e isso vai faz você pensar, 'hey, eu tenho que estar preparado para o agora'".         E não pergunte a ele sobre a noite de sábado no domingo. Ele já terá mudado.