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Holloway abraça revanche com Aldo; Brasileiro planeja final diferente

Estrelas do UFC 218 conversaram por telefone com jornalistas na última terça-feira

Quando o campeão peso-pena Max Holloway foi informado de que seu oponente no UFC 218 seria trocado, ele nem piscou ou hesitou em seu desejo de se apresentar frente ao público de Detroit no dia 2 de dezembro.

O UFC acabou optando por escalar Jose Aldo para encarar Holloway em uma revanche após o norte-americano derrotar o campeão mais bem sucedido da história da divisão na organização em junho.

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Considerando que Holloway venceu a primeira luta por nocaute técnico no primeiro round, seria compreensível se Holloway não estivesse tão motivado por enfrentar Aldo pela segunda vez, especialmente seis meses após a primeira luta.

Mais uma vez, Holloway nem piscou. Ele apenas disse sim.

“Fui abençoado com José. Consegui provar a todos porque sou o melhor do mundo, e no dia 2 de dezembro, será uma luta divertida”, disse Holloway em uma conferência telefônica com jornalistas na terça.

“Vou fazer história. Fiz história no Brasil, agora farei história em Detroit. Não me importei com quem seria, contanto que eu possa lutar. Não sou matchmaker. Sou lutador. Agora, é nisso que estou focado, lutar. Você pode colocá-los na minha frente, como eu disse, faça uma fila e eu os nocautearei”.

Para Aldo, foi um sonho realizado poder tentar retificar os erros cometidos na última luta, ao mesmo tempo em que busca recuperar o título das mãos do homem que lhe tomou.

Aldo está confiante de que não apenas está à altura do desafio de aceitar a luta com pouca antecedência, mas de que está totalmente preparado para executar a estratégia que vingará uma das únicas duas derrotas sofridas por ele na última década.

“Vai ser diferente porque estou motivado. Estou muito bem treinado agora”, disse Aldo, “Estou focado. Acredito que será um final diferente da primeira luta”.

É claro que Aldo sabe o quão grande este momento pode ser para sua carreira e seu legado, considerando que revanches imediatas são bastante raras na história das disputas de título no UFC.

Além disso, Aldo está entrando no octógono como desafiante para enfrentar um campeão pela primeira vez em sua carreira. O brasileiro competiu pelo cinturão interino no UFC 200 quando derrotou Frankie Edgar, mas nenhum dos dois entrou na luta como campeão.

Desta vez, Aldo fará a caminhada para o octógono primeiro e terá que ouvir o nome de Holloway sendo anunciado como o campeão defendendo o cinturão linear, e isso acende uma nova chama nele.

“Não são muitos os capazes de voltar e conquistar o título novamente. Eu fiz isso e ser capaz de voltar e fazer isso novamente significaria muito para o meu legado”, disse Aldo.

“Ele está vindo como o campeão agora, ele era o desafiante antes. Agora eu sou o cara que vai entrar lá e tentar conquistar o cinturão novamente. É isso que está me motivando. Ser capaz de fazer isso mais uma vez e trazer meu cinturão de volta”.

Por mais que Holloway respeite Aldo como oponente e ex-campeão, ele não consegue entender como ele está mais motivado agora do que para a primeira luta deles, em junho.

Na ocasião, Aldo era o campeão, lutando em uma arena lotada em sua casa, no Rio de Janeiro. Se isso não foi suficiente para ter a melhor performance de sua carreira, Holloway não consegue imaginar qual será a mentalidade de Aldo para sua revanche.

“Esse cara está falando sobre motivação, quão motivado ele está para o cinturão”, disse Holloway, “Eu não faço ideia quando as pessoas falam sobre motivação. Esse cara, eu lutei com ele na casa dele, ele era o campeão e para ele falar de motivação - agora ele está muito mais motivado”.

“Se lutar no seu país em frente às suas pessoas, defender seu cinturão não é motivação suficiente, o que está acontecendo?”

Enquanto Holloway diz não saber exatamente o que se passa na cabeça de Aldo, ele está mais do que pronto para responder as perguntas sobre sua própria motivação para a revanche.

Por mais que Holloway queira deixar o esporte como o maior artista marcial misto de todos os tempos, a única coisa que ele precisa para ficar pronto para uma luta é ter alguém do lado oposto do octógono, e Aldo se encaixa nisso.

“Uma luta é uma luta”, disse Holloway, “Não estou tentando ir lá e ter meu traseiro chutado em frente a milhões de pessoas vendo em casa, milhares de pessoas na arena. Não é disso que sou feito. Estou no negócio de machucar. Eu vou lá, quero pegar o que é meu e quero vencer. Não me importo com quem vou lutar”.

“Posso lutar com esse cara 10 vezes seguidas, estarei motivado. É assim que eu sou. É esse espírito guerreiro que tenho em mim, é essa crença que tenho em mim. Não precisa de muito para me motivar. Não sei por que as pessoas dizem que é difícil ficar motivado, isso e aquilo. Você está no negócio errado”.

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