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Holloway fala sobre recuperação e possível duelo com Brian Ortega

Campeão peso-pena trata lesão no tornozelo antes de retornar ao octógono


Já estamos chegando ao fim do terceiro mês de 2018 e Max Holloway ainda não tem palavras para descrever sua campanha em 2017 no octógono, em que o havaiano surgiu como campeão peso-pena ao derrotar o ícone brasileiro José Aldo em sua casa, no Rio de Janeiro, e se consolidou como o rei da divisão ao repetir o feito seis meses depois no UFC 218 em Detroit.
Parte disso se dá pelo fato de que o ano passado foi o ponto mais alto de uma jornada que começou nas sombras mais de quatro anos atrás com uma vitória sobre Will Chope.
Mas é também porque o campeão de 26 anos está muito mais focado nos desafios à sua frente e em continuar a construir seu legado dentro do octógono.
“Palavras não podem descrever. Não consigo colocar em palavras”, disse Holloway sobre suas duas vitórias sobre Aldo, que aumentaram para 12 o número de lutas de invencibilidade, “Acho que ainda não digeri os fatos”.
“Não estou tentando ser como esses caras que tem um pouco de sucesso, se acomodam e então levam um choque de realidade. Estou aqui. Trabalhei duro para chegar aqui, então estou focado. Não vou deixar isso mexer com minha cabeça. Fiz coisas ótimas, estive muito bem, mas se vocês pensam que fui bem na última luta, podem esperar a próxima, porque vou apenas melhorar”.
A caminho de sua disputa pelo cinturão interino contra Anthony Pettis no UFC 206, Holloway descreveu o ranking dos pesos-pena como “nebuloso” e fez um voto de ser o homem que traria claridade para a competitiva categoria.
Um ano depois, ele conquistou esse feito ao derrotar Aldo pela segunda vez e não tem intenção de desviar desse caminho agora que chegou ao topo.
“É uma sensação ótima finalmente trazer estabilidade à nossa divisão”, disse Holloway, “Quando tudo acabar, quero que as pessoas pensem ‘Esse é um cara que fez coisas ótimas pela nossa divisão. Esse é um cara que continuou defendendo e defendendo e defendendo. Esse é um cara que foi lá e enfrentou todo mundo - ele não escolheu seus adversários; ele lutou o desafiante número um e todo mundo que jogaram para ele”.

Ele estava escalado para continuar nesse caminho de enfrentar os melhores desafiantes no início do mês, quando lutaria com o ex-campeão peso-leve Frankie Edgar - duelo que estava marcado originalmente para o UFC 218 antes de Edgar ter sido forçado a sair da luta e ser substituído por Aldo - mas não era para ser.
Um mês antes da luta, Holloway foi retirado do card, inviabilizando uma das lutas mais aguardadas do primeiro semestre.
“Tentei tudo o que podia para fazer a luta acontecer”, disse Holloway, “Eu não me tirei da luta, os médicos me tiraram. Não acho que as pessoas entendem - tentei de tudo. Eu perguntava ‘Que tal fazermos isso? Aquilo? E eles continuavam me dizendo não’”.
“Estava tentando descobrir alguma possibilidade de me colocar lá e os médicos tem a palavra final e disseram que não dava”.
“Foi devastador”, continuou, “As pessoas não entendem que isso era a história para mim - que eu estava prestes a fazer história, ou eu achava que estava prestes a fazer história. Eu finalmente poderia voltar a lutar na costa oeste e enfrentar um cara que era um ex-campeão, que tinha uma história com havaianos e (não fazer a luta) foi devastador”.
Mas assim como não ter enfrentado Edgar deu a Holloway a chance de se cimentar no topo da divisão ao vencer Aldo pela segunda vez, sua saída do UFC 222 foi determinante para uma performance brilhante que fez com que o retorno do campeão fosse ainda mais aguardado do que antes.
Brian Ortega aproveitou a oportunidade de substituir Holloway contra Edgar e se lançou direto ao topo da lista de desafiantes, se estabelecendo como uma potencial estrela da organização. O californiano precisou de menos de um round para vencer, se tornando o primeiro homem a nocautear Edgar e tornando o inevitável duelo com o campeão uma das maiores lutas do ano.
“A luta está de pé; eu e ele vamos nos enfrentar”, disse Holloway sobre Ortega, que está invicto em 15 lutas na carreira e venceu as seis últimas por nocaute ou finalização no octógono, “Todos viram o vídeo dele falando com Dana White e eu falei com Dana White e está claro que nós vamos lutar”.
Agora, o único empecilho é a saúde de Holloway, já que o campeão peso-pena está esperando uma liberação dos médicos por sua lesão no tornozelo que o tirou da luta com Edgar para começar a cadeia de eventos.
Em um mundo ideal, Holloway gostaria de retornar em julho ou agosto, mas independente de quando aconteça, ele está empolgado pela oportunidade de dividir o octógono com alguém tão perigoso quanto Ortega.
“Quando você pensa no Ortega, as pessoas pensam em perigo - ele é meu adversário mais perigoso, ele pode me vencer aqui e acolá, blá blá blá - e ele é ótimo em tudo, mas mal posso esperar”, disse do futuro duelo contra o desafiante invicto, “Quando há perigo, eu corro de encontro. Eu não ligo”.
“Tire as placas de perigo de perto de mim, porque quanto mais placas de perigo, mais em vou na direção delas”, disse Holloway dando risadas, “O cara é perigoso. Todos falam sobre seu jiu-jítsu e como ele tem vencido os caras e ele tem alguns nocautes também, então estou empolgado. Ele teve uma grande performance naquela noite e tem tido muitas grandes performances, ponto final”.
“Sua trocação está melhorando, está ótima, e sua luta agarrada fala por si só, então mal posso esperar”.
Nós também mal podemos esperar.
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