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Campeão e desafiante ao título dos meio-pesados ficaram frente a frente nesta quarta
De um lado, o atual campeão, cuja única derrota na carreira foi justamente para seu adversário deste sábado; de outro, o ex-campeão, que perdeu o cinturão fora do octógono e precisa se provar novamente contra o rival para recuperar o que julga ser seu por direito.
Este é o cenário da revanche entre Daniel Cormier e Jon Jones, que predominou a fala dos dois personagens principais do UFC 214 na última coletiva de imprensa antes do evento, realizada nesta quarta-feira em Anaheim, nos Estados Unidos.
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“Acho que o resultado de uma luta não apaga tudo o que fiz no esporte, mas, para mim mesmo, preciso vencer. Eu fiz de tudo na minha carreira, exceto vencer Jon Jones. É a única coisa que falta. Preciso vencê-lo neste sábado”, disse Cormier logo em sua primeira resposta, deixando claro que esta não é uma luta qualquer para ele.
Jones falou em tom parecido, mas ao invés de valorizar o adversário, priorizou o que o triunfo sobre ele pode lhe dar: “Uma parte da minha vida parece incompleta sem o cinturão. Me vejo como o campeão, mas preciso ter o cinturão, então vou buscá-lo”.
E se hoje se sente incompleto, Jones acredita que é devido às próprias escolhas. De forma serena, o ex-campeão não fugiu das perguntas sobre sua vida pessoal, refletiu a respeito dos dramas que enfrentou no passado e garantiu, uma semana após completar 30 anos de idade, estar “rejuvenescido”.
“Me tornei multimilionário aos 23 anos de idade, e isso pode ser muito para quem não estava preparado. Meu talento cresceu mais rápido que meu caráter”, disse, “Esse tempo afastado me fez dar um passo atrás e ver onde eu estava e o que conclui é que eu não levava nada à sério. Eu vencia as lutas, festejava e não valorizada o que eu tinha. Agora sei o quanto esse esporte significa para mim e me sinto rejuvenescido”.
Na ausência de Jones, Cormier provou ser o melhor meio-pesado do mundo e digno de estar com o cinturão ao vencer os melhores atletas da categoria. E ele acredita que pode continuar assim mesmo após o retorno do rival.
“Na última vez (em que lutaram), acho que levei muita coisa comigo para o octógono e isso me atrapalhou. Não é apenas o treino que tem que ser forte, mas a preparação mental também, e, nesse sentido, me sinto melhor do que nunca”, disse.
Os discursos dos protagonistas do UFC 214 revelam que, por mais que provoquem e tentem desestabilizar um ao outro a todo encontro, Cormier e Jones precisam, por motivos pessoais, da vitória neste sábado. E agora que tudo já foi dito, resta buscar, dentro do octógono, o que cada um precisa para se sentir “completo”.
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