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Entrevistas

“Ir para os galos acendeu de novo a chama do Aldo campeão e faminto por recordes”, diz o lutador

José Aldo conta que a desmotivação que sentia foi por água abaixo quando ele resolveu descer de categoria – e que está tinindo para a luta contra Marlon Moraes

José Aldo está empolgado. Fazia tempo que o lutador não se sentia disposto assim. Acorda com vontade de treinar. Nos treinos, dá tudo de si. Parece um atleta novato.

José Aldo está mais leve. E é essa – literalmente – a razão de sua empolgação. Ele se prepara para enfrentar Marlon Moraes em sua mais nova categoria, peso-galo, até 61,2 quilos, no UFC 245, em 15 de dezembro.

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“É um recomeço”, ele conta. “É muito, muito, muito isso.” Segundo o atleta, a ideia da mudança de categoria partiu de seu mestre, treinador e “segundo pai”, como ele costuma dizer, Dedé Pederneiras.

“Estávamos sentados eu, minha esposa [Vivi] e ele quando ele perguntou o que eu achava da ideia, se tinha possibilidade de eu descer de peso”, relembra. “Pensei que era um novo desafio. E minha vida sempre foi assim, movida a desafios. Então quis ter essa experiência.”

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Na verdade, Aldo está revivendo uma experiência, já que, no início de sua carreira, já lutou nos galos – foi como peso-pena (até 65,7 quilos), no entanto, que ele foi campeão mundial no WEC e, mais tarde, no UFC.

“Minha categoria original é a galo. Nunca fui muito pesado, tenho por volta de 73 quilos. Quando estava nos penas, subia para uns 75 na época de treinamento. Agora estou com 69 e vou manter. Estou seguindo à risca a dieta e as orientações da nutricionista.”

O lutador não esperava moleza. “Achei que seria bem difícil treinar, mas pelo contrário. Estou bem, adaptado aos aos treinamentos. Estou muito feliz também, com a cabeça boa – e isso ajuda”, acredita.

“Eu estava desmotivado, querendo mesmo parar, por isso a mudança aconteceu numa boa hora. Acendeu de novo a chama do Aldo campeão, do Aldo faminto, que quer mais recordes, quer o título de novo. Nunca vim treinar tão feliz e fazendo as coisas como estou fazendo agora. Me sinto lá atrás, como quando comecei, com a mesma vontade de ser campeão.”

José Aldo diz que está “voando”. Mas agora o que está difícil é segurar a ansiedade para a luta contra Marlon Moraes, primeiro do ranking dos galos, em Las Vegas. Luta, aliás, para a qual ele entra como azarão. “Não levo para esse lado, não”, ele desconversa. “É muito difícil eu não ser favorito, mas não ligo para isso. Essa história é pro lado de fora do octógono. O que interessa é o lado de dentro, é quando eu entrar lá.”

Isso não o impediu, porém, de dar uma fugida do Rio de Janeiro, onde mora e treina, para ir até Lima, no Peru, no fim de novembro. O motivo era muito nobre: ver seu Flamengo ser campeão da Libertadores da América. “Lógico que fui para lá”, ele ri. “Vou para todos os jogos.”

Agora, o plano de José Aldo na nova divisão, é, segundo ele, muito simples: “Ser campeão. Meu plano é só ser campeão”, diz. “Podem ficar empolgados, porque eu estou.”