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Protagonista da última luta principal no Rio de Janeiro, quando conquistou o cinturão peso-palha no UFC 237, Jéssica Andrade não esconde a felicidade de volta à cidade para mais uma apresentação no Octógono, quando enfrenta Lauren Murphy no UFC 283 em 21 de janeiro de 2023, em duelo válido no peso-mosca.
Em entrevista ao UFC Brasil, a ex-campeã destaca que estava com saudades de lutar na frente da torcida brasileira, que é sempre um diferencial para os lutadores do país quando lutam em casa.
"Não espero menos do que a torcida já costuma fazer. Essa energia e esse orgulho de torcer para nós. O adversário entra e nosso público já vai cantar o 'uh, vai morrer', e a gente só pensa que está em casa. Nosso povo, o brasileiro, é apaixonado pelo esporte. Poucos outros países têm isso, essa identificação. Quero trazer sempre a vitória e mostrar nosso orgulho de ser brasileiro. É isso que quero quando estiver no Rio. É algo que não tem preço".
Jéssica Andrade comemora a vitória no UFC 237, no Rio de Janeiro. (Foto por (Photo by Alexandre Schneider/Getty Images)
Para dar um verdadeiro show aos fãs que estarão presentes na Jeunesse Arena, Jéssica garantiu que fez o melhor camp de sua vida. A lutadora está em Las Vegas junto de sua equipe, a Paraná Vale Tudo, aproveitando toda a estrutura que o Instituto de Performance do UFC oferece aos seus atletas.
"O Mestre Paraná veio para cá comigo. Hoje temos quatro atletas da equipe no UFC - eu, Karol Rosa, Maria Oliveira e Denise Gomes. A equipe vem crescendo muito aqui. Estou muito bem adaptada. Adaptada ao clima, ao tipo de alimentação, treinamentos. Quem treina ou luta em Vegas pode fazer isso em qualquer lugar do mundo. Agora que eu vou lutar no Brasil eu tenho certeza de que eu vou estar muito bem preparada. Eu treino no Instituto de Performance do UFC e tenho acompanhamento de nutricionistas, tenho preparador físico, suplementação e fisioterapia. Não tem como dar errado. Estou na melhor forma e melhor camp".
Apesar da preparação estar em dia, Jéssica sabe que não terá uma luta fácil contra Lauren Murphy. A veterana é uma das atletas mais duras do peso-mosca e foi nocauteada apenas uma vez na carreira, contra a campeã Valentina.
Jéssica Andrade comemora sua vitória no UFC Vegas 52. (Foto por Jeff Bottari/Zuffa LLC)
"Ela é uma adversária dura e eu não esperava menos do UFC, até pelo motivo de eu me encontrar em um patamar alto. Quero muito lutar com ela. Ela é muito resistente, aguenta muita pancada e tem a parte de chão muito boa. Uma excelente wrestler. Vai ser luta dura. Não será fácil de nocautear, mas isso ajuda a trazer mais emoção na luta. Uma vitória me coloca próximo na disputa de cinturão, independente da categoria. Vou fazer o melhor para disputar o cinturão de novo".
E com praticamente dez anos lutando no Octógono, sendo a única lutadora a nocautear em três categorias diferentes, Jéssica ainda quer provar que está em evolução constante e espera conquistar novos recordes na organização.
"O lutador sempre tem que estar com o copo pela metade, nunca cheio. Se estiver cheio, você não absorve novos conteúdos e técnicas. Ele apenas transborda e aí você não aprende. Esse é meu grande diferencial. São dez anos dentro do UFC e estou batendo recordes e fazendo coisas novas. Que seja uma noite maravilhosa para a torcida, cheia de vitórias de brasileiros, inclusive a minha".
O UFC 283: Teixeira vs Hill foi um evento realizado em 21 de janeiro na Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro. Confira aqui a cobertura completa.