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Jéssica "Bate Estaca" pronta para fazer história

Lutadora saiu das lavouras para ser a primeira brasileira em ação no UFC

UFC - Jessica Andrade" title="Peso galo do UFC - Jessica Andrade" style="width: 244px;" src="https://ufc-video.s3.amazonaws.com/image/fighter_images/Jessica_Andrade/JessicaAndrade_Headshot.png" align="left">Aos 21 anos de idade, Jessica “Bate Estaca” Andrade carrega uma grande responsabilidade. No dia 27 de julho, contra Liz Carmouche, no UFC – Johnson x Moraga, a lutadora será a primeira brasileira em ação no Octógono. Mais um grande desafio para a representante do Paraná, que estreou no MMA há menos de dois anos e já acumula no cartel nove vitórias (duas derrotas), com quatro nocautes e cinco finalizações.

“Estou bem contente. Acho que é uma grande responsabilidade, mas fico bem tranquila. Sei o que vou fazer quando chegar lá e quando sabemos o que vamos fazer fica mais fácil”, diz.

A vida por si só já foi um grande desafio para Jéssica. Há alguns anos, ela trabalhava na roça, de 5h até as 20h, e treinava à noite. Para chegar na academia, depois da dura rotina na lavoura, tinha que andar cinco quilômetros até o ponto de ônibus.  

“Comecei a treinar em 2011, quando terminava o colégio. Havia um projeto social e fiz uma aula de judô. Sexta-feira era o único dia que tinha de folga e a oportunidade de praticar atividades físicas. No primeiro treino de judô o mestre disse que eu levava jeito. Depois disso comecei a treinar jiu-jitsu e alguns meses depois fiz a primeira luta de MMA e venci. Daí para frente passei a investir nisso, a treinar outros estilos”, conta.

Em pouco tempo, Jessica se destacou nos eventos até surgir a inesperada oportunidade no UFC, na recém incorporada categoria peso galo feminina.

“Foi uma grande oportunidade. Não imaginava que chegaria tão rápido ao UFC, tem gente que está ai há muito mais tempo e não teve essa chance. Acho que viram algo diferente em mim para me chamarem e, se cheguei aonde cheguei hoje, é graças a minha equipe e a todos que me apoiaram. Foi tudo muito rápido, acho que é um dom que tenho, é uma loucura tudo que aconteceu comigo!”, declara, quase sem acreditar, como se estivesse vivendo um sonho.

Pela frente, a brasileira vai ter Liz Carmouche (7v-3d), uma lutadora que busca os nocautes. Liz vem de derrota para a atual campeã Ronda Rousey, na primeira luta feminina na organização.  

“Quando fiquei sabendo, logo foquei na estratégia para a Liz. Acho que a luta vai ser mais em pé mesmo, na trocação e com chutes. Treinei todos os dias forte, fiz a parte física, treinamentos na praia e muito jiu-jitsu, wrestling boxe e muay thai. Estou firme e forte”, garante Jessica, que comenta um pouco mais sobre o que pode acontecer no cercado:

“Vejo ela como uma grande atleta, é forte e guerreira. Acho que vai ser uma luta mais explosiva e vou focar no erro dela. Se trocarmos e ela cansar, levo para o chão. Tenho essa qualidade de variar o jogo e de ir para cima. Levo na cara e continuo indo para dentro. Na luta, a gente não sabe exatamente como tudo vai ser. Às vezes montamos a estratégia e na hora tudo muda. Não tem como adivinharmos e ela também viu no que errou nas suas lutas para tentar se corrigir. Vou esperando sempre o pior para dar o meu melhor.”

A luta vai ser no país da oponente, pela primeira vez longe de casa. Mas, para estrear com o pé direito, a primeira brasileira em ação no UFC espera contar com todas as vibrações positivas do seu país.

“Quero agradecer a todos que oram por mim e pela confiança que o pessoal passa para mim, todo mundo dizendo que vai assistir à luta. Peço que continuem assim, porque vou dar o máximo. Brasileiro não desiste nunca e eu nunca vou desistir”, encerra.