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Jogador de futebol brasileiro que é ídolo nos Emirados Árabes dá dicas sobre o país

O artilheiro Fabio Lima, do Al Wasl, de Dubai, conta por que todo mundo que for ao UFC Abu Dhabi deve conhecer a cidade vizinha

Ele já passou pelo Vasco e pelo Atlético Goianiense, mas virou ídolo mesmo muito longe de seu país. Mais especificamente, no meio do deserto do Oriente Médio. O atacante Fabio Lima, em sua sexta temporada nos Emirados Árabes, é um dos principais astros do Al Wasl, time de Dubai.

Fabio já foi artilheiro da Arabian Gulf League, a liga do país, e foi também eleito o melhor jogador estrangeiro em 2017. Maior artilheiro gringo do time, Fabio começou bem esta temporada: fez o primeiro gol e deu assistência para o segundo na vitória por 2 a 0 em cima do Al Hilal Ondurman, do Sudão, em uma partida eliminatória da Copa dos Campeões Árabes. O jogo de volta é nesta sexta, dia 30.

Por essas e por outras, Fabio Lima mal consegue sair nas ruas em Dubai. Um dia antes de falar com o UFC, ele estava passeando em um shopping quando sua presença foi percebida. Resultado: o local parou – e Fabio fez dezenas de selfies com os fãs árabes.

Recentemente, esteve no estádio do time rival, o Al Jazira, em Abu Dhabi, para acompanhar o jogo de um brasileiro amigo seu e acabou reconhecido pelos árabes torcedores rivais. Levou vaias? Que nada. Foi levado de sua cadeira até o camarote do presidente do clube, onde foi tratado com toda cerimônia.

O jogador conta que, logo que chegou em Dubai, cidade vizinha à capital Abu Dhabi, local que o UFC escolheu para um evento em 7 de setembro, o que mais o impressionou foram os prédios. Enormes, modernos, repletos de estrutura. Afinal, viver ao ar livre é praticamente impossível lá – a temperatura chega a 60 graus no verão. “É um bafo muito quente”, diz o atleta. “Sou do Nordeste e mesmo assim nunca senti um calor como o daqui no verão.”

Fabio diz que está totalmente adaptado à vida nos Emirados Árabes. Mas que estranhou a primeira vez em que viu os árabes comendo com as mãos. “Eles também usam garfo e faca, mas, especialmente quando comem arroz com carneiro, a comida típica de lá, usam as mãos. A impressão que se tem ao ver isso pela primeira vez não é tão boa, mas hoje saio para jantar com eles e como com as mãos também. Estou quase virando árabe”, brinca. Outra coisa que o surpreendeu foram os hábitos religiosos. “Eles rezam cinco vezes por dia.”

O atacante conta que tem vários amigos professores de jiu-jítsu que moram em Abu Dhabi. “De vez em quando vou até lá visitar algum amigo do jiu-jítsu, fazer um churrasco, jogar um pôquer que a gente joga brincando, porque não é permitido jogar apostando”, diz ele, reforçando que é fã de MMA e que acompanha o UFC pela televisão sempre que pode. “Quero muito ir ao próximo UFC Abu Dhabi. Não consegui ir no passado porque estava jogando”, afirma.

Segundo ele, o fã de UFC que for acompanhar o evento não pode deixar de visitar Dubai. “A cidade é impressionante por tudo: pela estrutura, pelas construções, pela limpeza, pela organização. É uma das cidades mais bonitas que já conheci, senão a mais bonita. Morar aqui é incrível. Você vive em uma cidade moderna, tem segurança, tem saúde, tem transporte público que funciona, tranquilidade de vir do trabalho sem risco de ser assaltado, de acontecer algo indesejado e tem opções de lazer.”

Quando está livre, Fabio Lima gosta de ir a shoppings centers, como o Dubai Mall, o maior do mundo, e ver o Show das Águas Dançantes de lá.

“É um evento turístico em que eu me amarro. Se pudesse ia todo dia”, diz. O jogador também frequenta as praias da cidade. A Sunset é a mais famosa – é onde é possível tirar aquela tradicional foto do icônico Burj Al Arab, o famoso hotel da cidade. Outra opção é The Beach, em frente ao calçadão The Walk em Jumeirah Beach Residences, local para ver e ser visto.

Para Fabio Lima, um passeio é imperdível é o do safári no deserto, com direito a passeio de camelo e até a jantar estilo beduíno. “Faço isso quando estou livre ou quando a família está aqui.” Também coloque em sua lista a visita a um parque aquático, ao Burj Khalifa (o prédio mais alto do mundo, com 828 metros de altura e 160 andares) e à Ain Dubai, a maior roda-gigante do mundo. Embora ela só deva ser inaugurada em 2020, a estrutura de 210 metros vale uma foto – Fabio Lima, aliás, mora exatamente em frente a ela.

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