A luta pelo topo do esporte criou entre os dois uma intensa rivalidade repleta de provocações e momentos tensos, mas que, segundo Jon Jones, teve seu ponto final após o último capítulo, no UFC 214.
“Gostaria de ficar bem com ele. Especialmente por ser um jovem negro, não existem muitos negros no esporte, então acho que é triste quando ficamos um no pescoço do outro. Acho que deveríamos nos apoiar, levantar um o outro”, disse Jones em entrevista ao programa de rádio “Sway In The Morning”.
Fazendo uma analogia com uma das grandes rivalidades do boxe, Jones disse acreditar que este é o momento para ele e DC deixarem as rusgas no passado.
“Gostaria de chegar em um ponto em que nos ajudássemos, fizessemos eventos de caridade juntos, dessemos uma entrevista falando da nossa rivalidade. Assim como Mike Tyson e Evander Holyfield se reconciliaram anos depois e falaram sobre suas lutas, adoraria fazer algo com Daniel Cormier. Acho que as pessoas gostariam de nos ver fazendo as pazes”, falou o atual campeão.
Apesar de ter se provado um dos oponentes mais duros da carreira de Jon Jones, e de ter vencido os principais nomes da divisão na ausência de “Bones”, Cormier acabou derrotado nos dois confrontos que fez contra o rival, sendo o último deles em julho deste ano.
A imagem do choro de DC ao perder seu título marcou Jones, e o atual campeão do UFC fez questão de valorizar o oponente.
“Foi difícil vê-lo chorando porque ele é um grande embaixador do nosso esporte, e sinto que em esportes individuais como o MMA, o boxe, esses são esportes em que você vê um homem adulto chorar, porque o sucesso está apenas nos seus ombros, não é como basquete ou futebol em que você pode culpar os outros caras”, argumentou Jon, “Você pode dizer que deu seu melhor, mas o time não estava bem. No MMA é só você, e é muito pessoal quando você perde. O legado e tudo, eles não vão falar da sua equipe, vão falar de você para sempre. A maneira como os homens se apegam a esse esporte, é bonito e mostra como isso é importante para ele”.