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Lições dos tempos de colegial ajudaram Tony Ferguson a conquistar title-shot

Peso-leve disputa cinturão interino dos leves com Khabib Nurmagomedov no UFC 209


A jornada de Tony Ferguson rumo ao UFC 209 começou muito antes de ele chegar ao octógono. Ela começou antes do seu tempo no The Ultimate Fighter e de sua estreia no MMA.
Se você quiser traçar o caminho que levou o peso-leve de 33 anos à disputa pelo cinturão interino com Khabib Nurmagomedov neste sábado, você precisa começar em Muskegon, Michigan, onde “El Cucuy” iniciou o trabalho que o levou à beira da excelência no maior palco do esporte.
“Nasci na costa oeste, então tenho aquela experiência da costa oeste somada à resistência do centro-oeste, então, quando eu estava no meu porão dando duro no meu wrestling, foi aquilo que me trouxe até aqui”, explicou Ferguson, que nasceu em Oxnard, na Califórnia, mas cresceu à margem leste do Lago Michigan. “No colegial, eu não tinha muitas pessoas me ajudando no wrestling. Não tínhamos um grande time, mas ainda assim ganhei o campeonato estadual porque eu trabalhava com o que tínhamos, e tínhamos excelência naquela equipe, ainda acredito nisso até hoje”.
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“Ninguém me trouxe até aqui”, continuou, “Fui eu mesmo e meu trabalho duro e a mentalidade de buscar a excelência me espelhando nos meus mentes e tê-los sempre me dizendo, ‘Tony, você não é o próximo ninguém, você é o primeiro Tony Ferguson’. Fico falando do trabalho duro, mas vocês nunca vêem esse trabalho duro, e ainda bem que não vêem, porque campeões são forjados no escuro. Campeões não são feitos sob os holofotes”.
A chegada de Ferguson ao ponto atual foi uma mistura de holofotes e escuridão.
Após ser o campeão dos meio-médios no TUF 13, ele desceu para o peso-leve e começou sua trajetória com três vitórias consecutivas antes de uma derrot para Michael Johnson frear sua ascensão, e uma fratura no braço forçá-lo a ficar um bom tempo afastado.
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Quando ele voltou, 17 meses depois, Ferguson tinha que correr atrás do prejuízo em uma repleta de talentos divisão dos leves, e se viu diante de um combate contra Mike Rio. Em menos de dois minutos, Ferguson voltou à coluna das vitórias e, de lá, não saiu até hoje, se promovendo à uma figura de card principal duas lutas depois, e se consolidando como uma atração imperdível enquanto somava vitória atrás de vitória.
Vindo atualmente de nove vitórias consecutivas, sequência que inclui seis bônus em suas últimas cinco lutas, e vitórias sobre nomes como Edson Barboza e o ex-campeão Rafael dos Anjos, Ferguson segue orgulhoso de sua vitória no TUF, e quer aproveitar a oportunidade de colocar um cinturão novinho em folha em sua parede, ao lado do troféu do reality.
“É um novo cinturão”, disse Ferguson sobre o título interino que estará em jogo na luta co-principal deste sábado, “Ele nunca esteve nas mãos do Conor McGregor ou de ninguém. Este cinturão que conquistarei após vencer Khabib será meu. Será algo incrível colocá-lo na parede ao lado do meu troféu do The Ultimate Fighter. Posso visualizá-lo, porque investi meu tempo e meu trabalho nele. Corri minhas milhas e paguei minhas dívidas”.

“Há caras como Khabib Nurmagomedov - ele não sabe o que foi aquela casa”, continuou Ferguson, sobre sua experiência no TUF, “Ele não sabe o que é viver com seus amigos e inimigos ao mesmo tempo e, se estiver machucado, ter que esconder, por ter câmeras o tempo inteiro em você”.
“Acredite, a pressão não será tão grande quanto foi naquela casa”.
Para Ferguson, lidar com pressão e se sobressair remete ao mesmo trabalho duro que começou no colegial, se desenvolveu na faculdade e se consolidou após a derrota para Johnson, quando ele se mudou de volta para a Califórnia e começou a trabalhar com a equipe que o ajudou a chegar a um passo do título.
“Quando quebrei meu braço contra o Michael Johnson, foi duro. Foi duro. Tive um ano e meio parado, pensando exatamente no que eu deveria fazer - se era desistir, me fazer de coitado, ou ficar chorando. Eu não fiz isso. Eu fiz a mudança porque sabia que meus treinadores não poderiam me ajudar a chegar a um nível acima, e eu queria estar mais perto da família da minha esposa, para que ela estivesse feliz enquanto eu estivesse treinando”.

“Eu não vou à grandes academias”, acrescentou, “Tenho os fundamentos e tenho a mentalidade de fazer o simples que aprendi na universidade, e faço isso com orgulho. Meu time acredita em mim e juntei equipes fenomenais. Este é meu esquadrão. Estamos vencendo todos esses caras e eles não aprenderam a lidar comigo”.
“Sou forte psicologicamente. Isso significa banheira de gelo ao invés de câmara criogênica, acordar cedo enquanto seu oponente está dormindo e correr à noite quando o frio está congelando. É fazer hora extra - ver vídeos, tomar notas, cavar fundo, buscar a excelência”.
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