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SANTIAGO, CHILE - MAY 19:  Vicente Luque celebrates after his knockout victory over Chad Laprise of Canada in their welterweight bout during the UFC Fight Night event at Movistar Arena on May 19, 2018 in Santiago, Chile. (Photo by Buda Mendes/Zuffa LLC/Zu
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Luque vê luta com Perry como oportunidade de crescer na divisão

Em busca da 6ª vitória seguida, Vicente Luque encara o não-ranqueado Mike Perry na segunda luta mais importante do UFC Uruguai

Já faz muito tempo que Vicente Luque é considerado um perigoso prospecto nos meio-médios do UFC. Fazendo jus ao apelido de “Assassino Silencioso”, o brasileiro/norte-americano venceu nove das 11 lutas que fez na organização, todas elas por finalização ou nocaute.  

Vicente Luque

Considerando que ele tem apenas 27 anos, já é um currículo impressionante e mais que suficiente para que ele comece a enfrentar os atletas que formam o topo da divisão. Mas essa parece ser a maior dificuldade que Luque enfrenta no UFC atualmente.

Isso porque seu próximo adversário é Mike Perry, norte-americano que apesar de popular, não faz parte do topo da categoria. Em entrevista ao UFC Brasil, Luque admitiu que gostaria de enfrentar alguém melhor posicionado, mas explicou os motivos para aceitar o combate.

“Não seria a minha primeira escolha lutar com alguém que está fora do ranking. Se eu pudesse pegar alguém ranqueado seria o melhor cenário. Só que está bem difícil, a categoria está muito apertada, tem muita gente lutando, e não consegui uma luta dentro do top 15”, analisa.

“Fora do top 15, o Mike Perry é um dos maiores nomes que eu poderia enfrentar, então foi uma luta que vi que realmente tem muito a me acrescentar. Ele é um cara perigoso, que vem para dentro e já lutou com grandes nomes”.

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Prestes a fazer a terceira luta em 2019, Luque garante que existe um saldo positivo em medir forças com “Platinum”.  

“Eu acho que em tudo a gente tem como tirar alguma coisa de positivo, tirar proveito daquilo. Esse é o meu momento. Ele é um cara que tem os méritos dele, o estilo, a personalidade e por isso está onde está, e acho que se eu puder tirar proveito disso e acrescentar para mim, é superpositivo. Ele tem a razão de estar onde está, e eu vou me aproveitar disso e vou tentar crescer ainda mais o meu nome na categoria”.

Confira a entrevista completa com Vicente Luque.

UFC: Você foi a Montevidéu no começo de junho para ajudar a promover o evento na época de abertura de vendas, e falou muito sobre a sua vontade de lutar na cidade. Como está se sentindo?

Vicente Luque: Estou bem feliz. Por lá eu estava na expectativa de fechar a luta. Ainda não tinha certeza, mas acreditava que ia acontecer. Acho que é uma luta muito boa. Não é um cara ranqueado que eu estava esperando, mas o Mike Perry é um grande lutador então estou muito feliz de lutar no Uruguai.

UFC: Você cogitava até fazer a luta principal, já que a disputa entre Valentina Shevchenko e Liz Carmouche ainda não tinha sido confirmada. Ficou feliz com o lugar no co-main event?

VL: Enquanto não tinha uma luta principal fechada, eu tinha essa expectativa. Achei que podia ser uma luta boa. Mas quando fechou um cinturão, não tem como ele não ser o principal. Ser co-main event de um cinturão é sempre uma coisa vantajosa, não vejo como algo ruim. Estou extremamente animado. Vai ser o meu primeiro co-main event, e vou lutar antes de uma disputa de cinturão, não tem como ser melhor.

UFC: Atualmente você é o número 15 do ranking dos meio-médios, mas novamente vai enfrentar um lutador que não figura no top 15. Como se sente sobre isso?

VL: Não seria a minha primeira escolha lutar com alguém que está fora do ranking. Se pudesse pegar alguém ranqueado seria o melhor cenário. Só que está bem difícil, a categoria está muito apertada, tem muita gente lutando, e não consegui uma luta dentro do top 15. Fora do top 15, o Mike Perry é um dos maiores nomes que eu poderia enfrentar, então foi uma luta que vi que realmente tem muito a me acrescentar. Ele é um cara perigoso, que vem para dentro e já lutou com grandes nomes.

UFC: Você é conhecido por ser um atleta completo, com nocautes e finalizações, e o Perry é conhecido pela agressividade. Como você avalia o casamento de estilos nessa luta?

VL: Eu acho que o Mike Perry é um cara principalmente da trocação. Em algumas lutas ele tenta botar para baixo, mas vejo que é mais para tentar pontuar do que para fazer alguma coisa no chão. Então eu imagino que ele vai vir para a trocação. Ele tem o estilo mais agressivo, não tão técnico, mas com muita potência. Acho que casa bem com meu estilo. Sou da trocação mas tenho chão também, e meu estilo é mais técnico. Eu tento achar meus golpes melhor, manter a distância. É um jogo que casa bem tanto para o meu estilo de luta quanto para os fãs. Acho que vai ser uma luta muito animada.

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UFC: E supondo que você vença o Perry no Uruguai. Seria sua 5ª vitória seguida no UFC, a terceira só em 2019. Onde você ficaria na categoria?

VL: Eu acho que dá pra subir no ranking mesmo não tenho lutado com alguém ranqueado porque tem muita gente ali dentro que não está ativa. Essa vai ser minha terceira luta esse ano, então estou apostando que vou continuar a subir no ranking mesmo lutando contra um cara que não seja ranqueado porque ele já venceu Jake Ellenberger, por exemplo, fez uma luta dura com outros caras que foram ranqueados, como o [Alex] Cowboy. Eu acho que é uma luta que, vencendo, me coloca muito bem. Ou eu subo ali dentro da categoria mesmo não lutando com um cara ranqueado, ou eu vou querer um cara do top 10 que acho que vai ser o que vai me colocar pra frente.

UFC: Acha que a fama e a popularidade do Perry de certa forma compensam o fato de ele não ser um oponente da elite da categoria?

VL: Sempre que ele vai lutar com alguém, todo mundo fica de olho. Ele é um cara que os fãs acompanham bastante, todo mundo gosta de assistir, então é um casamento de luta excelente para mim. Acho que todo mundo vai estar olhando essa luta. E meu estilo também é um estilo que o público gosta de ver, então tem tudo para ser um sucesso, todo mundo ficar de olho, e com certeza vai me acrescentar bastante.

UFC: Parece que já faz algum tempo que discutimos a sua vontade de enfrentar atletas ranqueados, e ainda não conseguir. Não sente algum tipo de frustração por isso?

VL: Pior que não. Eu acho que em tudo a gente tem como tirar alguma coisa de positivo, tirar proveito daquilo. Esse é o meu momento. Ele é um cara que tem os méritos dele, o estilo, a personalidade e por isso está onde está, e acho que se eu puder tirar proveito disso e acrescentar para mim, é superpositivo. Ele tem a razão de estar onde está, e eu vou me aproveitar disso e vou tentar crescer ainda mais o meu nome na categoria.

UFC: Vai fazer o camp todo no Brasil?

VL: Sim, o camp todo é no Cerrado MMA. Passei um bom tempo da minha última luta na Flórida, evoluí bastante, e gosto de fazer sempre esse intercâmbio. Agora é o tempo de ficar em Brasília, estou me sentindo muito bem.