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Lutar em Singapura será como estar em casa para Rafael dos Anjos

Brasileiro enfrenta Tarec Saffiedine no país em 17 de junho


Para Rafael dos Anjos, não será uma surpresa se toda a torcida estiver ao seu lado no UFC Singapura no dia 17 de junho.
“Com certeza”, ele garante, rindo, “Team Evolve tem três academias lá e temos uma grande base de fãs, então com certeza estarei em casa”.
Veja também: RDA estreia nos meio-médios em junho | Confira o card do UFC Singapura até o momento
Ele não está exagerando. O ex-campeão dos leves viaja ao país para treinar desde 2008, e estima ter feito mais de 10 viagens ao país ao longos dos anos.
“O irmão do meu treinador abriu uma academia lá em 2008”, ele conta, “Depois que venci minha primeira luta no UFC, ele fez os contatos e fui treinar na Evolve por um mês. Após esse mês, voltei em 2010 e vivi em Singapura por três meses com minha família. Para minha última luta, fiz metade dos meus treinos em Singapura. É incrível. As pessoas são muito amáveis e amistosas, e tenho ótimos treinos na Evolve MMA. Amo aquele lugar”.
Então, quando ele enfrentar Tarec Saffiedine em julho, estará se sentindo tão em casa como se lutasse no Brasil ou na Califórnia - onde mora atualmente -, e ele está empolgado com isso, não apenas pelo local, mas porque essa luta marca um novo começo para o brasileiro como meio-médio.
“É um recomeço”, disse, “Tive minha campanha entre os leves e cheguei ao título, e agora é hora de coisas novas. Decidi subir de divisão e isso será melhor para minha saúde, será melhor para mim em minha vida, e estou empolgado”.

RDA, que sempre foi grande para a divisão dos leves, fez os sacrifícios necessários para bater o limite de peso da divisão, e foi recompensado, somando oito vitórias e uma derrota entre 2012 e 2014, e conquistando um title-shot contra Anthony Pettis em 2015. Rafael foi brilhante quando tomou o cinturão de Pettis e esteve ainda melhor quando nocauteou Donald Cerrone em 66 segundos nove meses depois defendendo seu título.
Em março do ano passado, ele esteve escalado para a maior luta de sua carreira contra Conor McGregor, mas uma fratura no pé o tirou o combate e, quando ele retornou, em julho, acabou perdendo seu título para Eddie Alvarez após um corte de peso brutal. Ele teve um tempo melhor para bater o peso na “Luta da Noite” contra Tony Ferguson, em novembro, mas, após a derrota, decidiu que seus dias como peso-leve haviam chegado ao fim.
“Não preciso mais colocar meu corpo e minha mente sob esse estresse”, disse, “É muito estressante, não apenas na semana da luta ou nas semanas anteriores. São dois, três meses de estresse. Além disso, serei capaz de pegar mais pesado. Posso não ser o maior cara da divisão, mas você pode ter certeza que vou ser o cara pegando mais pesado. Vou ditar o ritmo, porque, nos meio-médios, meu corpo estará bem e estarei pronto para ir com tudo por três ou cinco rounds”.
Apesar de o último ano ter sido difícil para o brasileiro, ele ainda guarda boas lembranças do que conquistou entre os leves.
“Fui muito feliz e me diverti muito enquanto fui campeão”, disse Rafael, “Vim aos Estados Unidos e foi difícil no início, mas prometi à minha mulher e filhos que seria campeão mundial, e consegui. Quando consegui, ficamos muito felizes, foi uma missão cumprida. Essa foi a sensação. Então cumpri uma missão, e a próxima é o cinturão dos meio-médios. E eu vou conquistá-lo”.
A confiança de Rafael está em alta, especialmente por ter sido campeão do que muitos consideram a divisão mais dura do UFC. Também não há luta fácil nos meio-médios, mas, tendo chegado ao topo, a próxima caminhada parece menos desafiadora.
“Não é porque fui campeão, mas o peso-leve é o mais difícil sem dúvidas”, disse, “Tem tantos lutadores bons, e já cheguei ao topo. Conheço a escalada e estou saudável o suficiente para isso, minha mente é forte o suficiente para isso e vou fazer esse caminho novamente”.
Além disso, RDA tem apenas 32 anos e, para ele, seu melhor ainda está por vir.
“Tenho pelo menos cinco anos no mais alto nível pela frente”, disse, “Sinto que, aos 37, ainda estarei na minha melhor forma. Cuido bem do meu corpo, não tenho lesões e não me machuco com frequência, ainda tenho muito para dar. Sei que sou capaz de chegar lá mais uma vez”.
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