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As maiores rivalidades do UFC na atualidade

MMA é um esporte. Entretanto, alguns lutadores levam certos combates para o lado pessoal

Brasil e Argentina, Muhammad Ali e Joe Frazier, Ayrton Senna e Alain Prost. O esporte, em certos momentos, é presenteado com certas rivalidades que o tornam ainda mais emocionante devido à autenticidade e a intensidade com que a disputa é encarada.

No MMA não é diferente. Existem lutadores que provocam os adversários para promover o combate, e existem aqueles que simplesmente não se gostam e que vão fazer de tudo para não serem derrotados pelo arquirrival no octógono. Estes são alguns deles.

Jon Jones e Daniel Cormier

Ex-wrestler profissional, Daniel Cormier migrou para o MMA tardiamente, mas construiu uma carreira meteórica e logo se tornou campeão do GP dos pesados do Strikeforce. Contratado pelo UFC, ele decidiu competir entre os meio-pesados, e chegou à categoria como uma possível ameaça ao até então imbatível Jon Jones.

A desavença entre os dois surgiu de alguns comentários mal-compreendidos (ou mal-intencionados) nos bastidores, e desde então Jones e Cormier são desafetos públicos, já chegaram às vias de fato em eventos promocionais, e até foram flagrados se xingando fora do ar após uma transmissão de TV.

Dentro do octógono, eles fizeram uma movimentada e exaustiva batalha de cinco rounds premiada como a melhor do UFC 182, que manteve o cinturão com Jones na decisão dos jurados. Após problemas pessoais, no entanto, o campeão perdeu o título, que foi conquistado por Cormier após vencer os principais concorrentes.

No dia 23 de abril, eles terão outra chance de calar um ao outro, no que deve ser uma luta ainda mais aguerrida, no UFC 197.

Ronda Rousey e Miesha Tate

Tate era a campeã peso-galo do Strikeforce quando Ronda, uma ex-judoca olímpica, a desafiou e conquistou o título com sua famosa chave-de-braço no primeiro round.

Ambas foram contratadas pelo UFC e acabaram, devido a uma lesão de Cat Zingano, reunidas como treinadoras adversárias no TUF 18. A convivência acentuou as diferenças entre Miesha e Ronda, e deixou o clima quente para a revanche.

A segunda luta entre ambas foi a primeira na carreira de Rousey que ela não finalizou a adversária no primeiro assalto. Miesha resistiu e impôs dificuldades à campeã, mas acabou vencida no terceiro round.

Rousey construiu um império na divisão, que caiu somente após um chute certeiro de Holly Holm nocautear a lutadora que parecia invencível. Quis o destino que Miesha fosse lá e tomasse o título de Holly já em sua primeira defesa. Se Ronda quiser seu cinturão de volta, terá que reencontrar sua maior rival.

Conor McGregor e José Aldo

José Aldo é, ainda, o maior peso-pena da história do MMA. Foram nove anos de invencibilidade, uma derrota nas primeiras 26 lutas da carreira e nove defesas de cinturão somando WEC e UFC. Ele venceu os melhores: Urijah Faber, Frankie Edgar, Chad Mendes. Até que surgiu Conor McGregor.

O irlandês chegou ao UFC após construir seu nome europeu, e logo de cara mostrou que não queria crescer na divisão apenas lutando, mas também desmoralizando seus adversários. McGregor previa vitórias rápidas por nocaute e cumpria suas promessas. Foram cinco triunfos e quatro nocautes no octógono até receber a chance de enfrentar o brasileiro.

McGregor mexeu com a cabeça de Aldo de todas as formas e despertou no manauara uma ira que até então era desconhecida. Uma lesão a pouco tempo do combate foi o prato cheio para Conor, e uma tremenda frustração para o brasileiro.

O irlandês fez sua parte: venceu Chad Mendes, conquistou o cinturão interino e esperou por Aldo, mas não esperou calado. Na hora da luta, McGregor novamente cumpriu: nocaute em 14 segundos, com um só golpe.

A ambição de provar ser o melhor peso-por-peso do mundo fez o irlandês subir duas divisões para enfrentar Nate Diaz, em luta na qual ele acabou conhecendo sua primeira derrota no octógono. O revés expôs os pontos fracos de Conor, que, em algum momento, deverá enfrentar o brasileiro para comprovar a superioridade da qual ele tanto se gaba.

Dominick Cruz e Urijah Faber

Mais uma rivalidade anterior ao UFC. Um dos primeiros lutadores a se destacar em divisões abaixo de 70 quilos, e um dos melhores de seu tempo nesse peso, Faber era campeão peso-pena do WEC quando o estreante Dominick Cruz o desafiou. No auge da carreira, ele venceu com rápida finalização no primeiro round.

Cruz evoluiu, se estabeleceu na categoria de baixo, a dos galos, e migrou para o UFC como o detentor do cinturão deste peso. Faber, que também migrou de divisão após perder o título dos penas e falhar em recuperá-lo duas vezes, foi seu primeiro desafiante na organização.

Uma luta equilibrada manteve o cinturão com Cruz, que foi obrigado a se afastar por praticamente quatro anos do octógono devido a seguidas lesões, tendo feito apenas uma luta neste período. Em um retorno triunfante, Dominick retomou seu título vencendo TJ Dillashaw, ex-parceiro de treinos de Faber, e clamou ainda ser o rei da divisão. Ele terá que provar, novamente, enfrentando o “California Kid”, dia 4 de junho, no UFC 199.