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Finalista dos médios do TUF Brasil 3 fala sobre amizade com adversário
Finalista dos médios do TUF Brasil 3, Marcio 'Lyoto' enfrenta Warlley Alves sábado, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Carateca de origem, catarinense herdou o apelido por emular trejeitos e técnicas adaptadas da tradicional arte marcial japonesa para o MMA semelhantes às do ex-campeão meio-pesado - e atualmente top contender dos médios - Lyoto Machida.
Neste papo com o site do UFC, Márcio comentou sobre foco, as lesões na casa - que por pouco não o tiraram do programa - e também vislumbrou um combate inusitado contra o homônimo famoso. "A comunidade do caratê ia achar o máximo".
Você era um dos caras mais tranquilos na casa do TUF Brasil 3. Foi fácil manter o foco lá?
Com certeza. Isso vem na minha arte marcial original, o caratê. Cresci como atleta com princípios muito fortes de filosofia e disciplina, e isso não sai da gente nunca mais. Sempre tinha bagunça lá (na casa). Curtia um pouco, claro, mas não esquecia o porquê de estar lá. Não tinha como.
Você está tem um estilo que facilita lidar com caras de estilo agressivo como o Warlley. Acha que pode ser surpreendido de alguma forma?
O Warlley é um cara que luta pra frente e também é muito técnico, o que o torna duplamente perigoso.Luta é luta, não adianta ficar pensando muito no que vai acontecer. É confiar
Mas o seu jogo de distância é o mais indicado para essa luta? Como vai ser a estratégia?
Vou tentar manter em pé, com certeza. Tenho muitos recursos de movimentação para dominar a distância e controlar a luta. Claro que a explosão do Warlley é algo a ser levado em conta o tempo todo. Meu chutes e meu boxe farão a diferença.
Você se machucou duas vezes na casa do TUF, e lá tem de fazer muitas lutas seguidas. Isso te abalou psicologicamente?
Fiquei com mão e pé lesionados. Foi estressante pelo fato de ficar com medo de ser cortado pelos médicos. Fiz a última luta (contra Ricardo Demente) com o pé ainda prejudicado, foi complicado. Mas a hora que o corpo está quente a superação aparece.
E a amizade com o Warlley? Sábado vai ser aquela coisa do ‘amigos, amigos, negócios à parte’?
Então, rolou aquela brincadeira, levei numa boa. Ele começou pedindo desculpas, mas disse que ia encher minha cara de pancada. Me pegou desprevenido, tinha acabado de lutar, ainda estava atordoado (risos). Warlley é um dos grandes amigos que fiz na casa do TUF, ele torceu muito para mim nos combates. Mas pode ter certeza que a porrada vai cantar no sábado. Tenho de fazer isso para realizar meu sonho, mas não é nada pessoal. Amigos, amigos, pancadas à parte (risos).
Se conseguir o contrato com o UFC, terá pela frente uma categoria renovada depois de muito tempo. Como você analisa os médios do UFC?
O Anderson foi campeão e se manteve dominante durante muito tempo. Agora fica aquela sensação de ‘também posso’. O peso médio será o grande destaque do ano no UFC. Ele (Anderson) saiu um pouco de cena, mas ainda tem caras muito experientes, como Vitor (Belfort), Ronaldo ‘Jacaré’ e Lyoto Machida.
Por falar nisso, já pensou como seria um combate Lyoto Machida x Márcio ‘Lyoto’?
(Risos) Com certeza a comunidade do caratê ia achar o máximo, a repercussão seria fantástica. Dois caratecas canhotos com jogo de ‘bate e sai’, ia ser um clássico. Conheci o Machida há algum tempo. Ele é um cara fora do comum, conversamos bastante sobre técnicas. Se eu conseguir chegar no nível dele algum dia e ter a chance de enfrentá-lo, todos os meus sonhos na luta estarão realizados. Quem sabe?