Pular para o conteúdo principal
/themes/custom/ufc/assets/img/default-hero.jpg

Mark Hunt veio ao Brasil e quase ninguém ficou sabendo

 
O carioca Denis Martins acompanha o esporte desde os anos 1980 e traz histórias, causos e contos do MMA

Mark Hunt é um dos mais populares pesos-pesados do MMA, e isso se deve a mistura de seu poder de nocaute nas lutas e uma simpatia que faz com que os fãs admirem mais o striker após cada show.

Seja pelas vitórias, por derrubar oponentes, pelas verdadeiras guerras que ele já participou ou pela sua filosofia de luta... Não importa! Hunt é querido e faz parte daquele grupo de atletas conhecido nos quatro cantos do planeta.

Você concorda?

Mas nem sempre foi assim.

Vi um cara idêntico aquele que venceu o Wanderlei Silva ano passado [no PRIDE], no aeroporto

Em 2005, durante o Mundial de Jiu-jitsu, um até então desconhecido neozelandês, trazido pelo seu mestre na arte suave, Marcelo Rezende, desembarcou no Rio de Janeiro e passou quase que desapercebido pela cidade maravilhosa. Tudo bem, os tempos são outros você pode indagar, mas, há 10 anos, com o PRIDE no auge e Hunt já sendo o temido campeão do K-1, um atleta desse calibre, treinando no Rio por mais de 10 dias, chamaria bastante atenção.

Durante aquelas duas semanas que Hunt permaneceu polindo seu Jiu-jitsu no quartel general da consagrada Gracie Barra, naquela época mais voltada para o MMA e intitulada Gracie Barra Combat Team, um par de causos surgiram envolvendo o agora popular trocador.

"Vi um cara idêntico aquele que venceu o Wanderlei Silva ano passado [no PRIDE], no aeroporto", disse um desavisado norte-americano, dono de website que vendia dvds de lutas, que chegava no Rio para prestigiar o Mundial de Jiu-jitsu.

No dia dessa conversa, ninguém deu muita bola para o que parecia ser o sósia do Hunt pelas bandas do Brasil, até mesmo porque, durante a competição, a maioria dos jornalistas ficava tão atarefada com o evento, que uma pauta fora daquilo era tarefa quase impossível de ser realizada. Tanto, que apenas a tradicional Gracie Magazine conseguiu registrar a visita.

É comum em uma lotada academia de Jiu-jitsu você não saber quem é quem no tatame, e um desatencioso membro da GBCT foi a “vítima” desse acontecimento.

Distraído, ele chegou para treinar e viu um gordinho sentado próximo do tatame, sem se ligar e sem identificar o personagem, ele passou por Hunt, pedindo licença e seguiu em frente arrancando risos daqueles que estavam testemunhando a situação.

O lutador, que pediu para não ficarem comentando por ai essa história, era o primeiro a revelar o que aconteceu - quando tinha a oportunidade para tal - transformando a gafe em umas das maiores resenhas “internas” das lutas.

Sabe o que é mais engraçado? Parece que, na verdade, ele ainda deu um treininho com o Hunt e seus quase 120 quilos sem saber quem era o lutador que já tinha vencido nomes como Jerome Le Banner e Francisco Filho no K-1 e o brasileiro Wand.