Entrevistas
Maturidade é chave de Ariane Lipski para a vitória no UFC Vegas 59
Brasileiras se enfrentam na luta que abre o card principal do UFC Vegas 59, neste sábado (6)
Lutando pela primeira vez em 2022, a peso-mosca Ariane Lipski terá pela frente a compatriota Priscila Pedrita na luta que abre o card principal do UFC Vegas 59, neste sábado (6), no UFC APEX.
A curitibana teve uma grande apresentação em seu último combate, quando superou Mandy Bohm por decisão unânime no UFC Vegas 37, e quer continuar a mostrar sua evolução como atleta no sábado.
"Em algumas lutas eu perdia a paciência. Queria resolver logo a situação, achar a mão que entrasse", comentou. "Nessa luta contra a Bohm eu trabalhei muito a paciência. Aproveitei cada minuto lá dentro e isso me traz mais maturidade dentro da luta. Vou tentar achar brechas em vez de forçar uma situação. Ficar mais focada no plano de luta do que em como acabar com a luta em si".
Apesar de querer se mostrar mais paciente, Ariane sabe que irá enfrentar uma lutadora que gosta de pressionar o tempo todo. Pedrita é dona do nocaute mais rápido da categoria, e a qualidade da rival anima a lutadora.
"É exatamente esse jogo que me deixa bem empolgada para a luta. Eu gosto de quem vem para a trocação, pois é onde eu cresço na luta. Sei que a Priscila vem com tudo para cima e continua agressiva mesmo quando é acertada, mas estou treinada para isso. Minha técnica vai fazer a diferença".
Apesar de esperar que a luta se desenvolva mais na parte em pé, ela garante estar preparada para levar o combate para o chão caso veja a oportunidade. Ariane, inclusive, acredita que esse pode ser um diferencial para sua vitória.
"Eu gosto da trocação, gosto da luta em pé, mas tenho que estar preparada para tudo. Se eu tiver a oportunidade de finalizar, eu vou explorar as falhas dela e mostrar minha evolução. Eu me vejo como uma atleta mais completa e tenho treinado para evoluir, especialmente nas finalizações".
O duelo contra Pedrita também será o terceiro de Ariane contra brasileiras no UFC. Nos dois primeiros, ela saiu vitoriosa ao finalizar Luana Carolina e vencer Isabela de Pádua por decisão. Apesar do bom retrospecto, ela dá preferência a enfrentar estrangeiras.
"Eu gosto mais de lutar com quem é de fora, pois acredito que a de estratégia muda. A lutadora brasileira tem a base mais voltada para o jiu-jítsu e uma trocação mais solta, já a norte-americana usa mais a parte de wrestling. Lógico que a gente não pode generalizar, mas o que eu gosto mais é de lutar contra alguém de fora. No UFC estou enfrentando muitas brasileiras, mas na próxima luta...quem sabe?".
E é exatamente isso que ela quer: lutar. Ariane espera fazer mais um combate neste ano, especialmente para se aproximar o quanto antes do Top 15.
"Nunca fiquei tanto tempo sem lutar desde que eu me tornei profissional. Meus treinadores é que irão me dizer se eu estarei pronta, mas eu tenho vontade de voltaro quanto antes. Tudo depende de como será esse combate".
