Max Holloway: a caminhada do campeão BMF rumo ao UFC 308

Com apenas quatro lutas como profissional e ainda invicto, Holloway sofreu sua primeira derrota no esporte logo em seu debute no UFC: foi finalizado por Dustin Poirier no 1° round em fevereiro de 2012, em um confronto precoce entre futuras lendas do Octógono. Na sequência, o “Abençoado” emendou três triunfos consecutivos e se reabilitou na organização.

O ano de 2013 não foi bom para Max, que sofreu duas derrotas seguidas pela primeira vez no Ultimate: para Dennis Bermudez e Conor McGregor. A redenção veio em grande estilo e marcou o início da ascensão do “Abençoado” rumo ao topo da divisão peso-pena.

De janeiro de 2014 a junho de 2016, Holloway conquistou nove vitórias seguidas e se consolidou na elite do grupo até 66 Kg, se credenciando para disputar o cinturão interino da categoria no UFC 206, contra o ex-campeão peso-leve Anthony Pettis.

Cinturão: do interino ao linear

O nocaute conquistado diante do “Showtime” no 3° round deu o título interino a Max e o compromisso seguinte não teria como ser outro: um embate com o campeão linear do peso-pena José Aldo, que tentava defender o seu reinado pela oitava vez. Porém, o “Abençoado” mostrou o porquê de ser considerado um lutador diferente dos demais.

Diante de uma arena absolutamente lotada no Rio de Janeiro, Holloway não se intimidou e nocauteou José Aldo na terceira parcial, destronando o brasileiro. Na aguardada revanche, cerca de cinco meses depois, nova vitória do havaiano pelo mesmo método e no mesmo round.

Um ano depois, a primeira defesa de título aconteceu diante de Brian Ortega com mais um nocaute, desta vez no 4° round. Em abril de 2019, Holloway deu uma pequena pausa no seu reinado para uma esperada revanche diante de Dustin Poirier, agora pelo cinturão interino do peso-leve. Mas, mais uma vez, o embate terminou com o “Diamante” tendo as mãos levantadas pelo árbitro central.

Em julho do mesmo ano, Max voltou à sua divisão e bateu o veterano Frankie Edgar por decisão unânime naquela que seria a sua quarta e última defesa do cinturão peso-pena. Em dezembro de 2019, no UFC 245, Holloway seria destronado por aquele que é, até hoje, o único atleta a derrotá-lo nesta faixa de peso: Alexander Volkanovski.

Após duas derrotas consecutivas para o australiano, no UFC 245 e no UFC 251, o “Abençoado” teve que recomeçar a sua caminhada na categoria. Em janeiro e novembro de 2021, Holloway não tomou conhecimento de Calvin Kattar e Yair Rodriguez, respectivamente, e protagonizou duas atuações primorosas, deixando claro que ele era o melhor atleta no ranking da divisão, abaixo apenas do campeão.

O aguardado reencontro com “Volka” aconteceu no UFC 276, em julho de 2022 - mas o resultado foi o mesmo: vitória do australiano por decisão e manutenção do cinturão até 66 Kg. Após a terceira derrota seguida para o rei da categoria, Holloway não baixou a guarda e enfileirou mais dois rivais em sequência: Arnold Allen e Chan Sung Jung - ambos por nocaute.

A atuação histórica no UFC 300

Em sua mais recente atuação, no histórico UFC 300, Max levou o público presente na T-Mobile Arena, em Las Vegas, à loucura ao arrancar um nocaute brutal diante de Justin Gaethje nos últimos segundos do 5° round, em uma luta que estava totalmente controlada, e conquistar o cinturão “BMF” - de atleta "mais durão" da organização - da forma mais condizente possível com o título.

No próximo sábado (26), Holloway terá mais uma chance de reconquistar o título peso-pena. Porém, o desafio não será nada fácil: invicto no MMA profissional, o campeão Ilia Topuria promete não facilitar a vida do havaiano e deixará cada gota de suor no Octógono para evitar o início do segundo reinado do “Abençoado”.