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Esse não era o plano. Mas sejamos honestos, sempre foi o plano.
Na segunda defesa de título de Max Holloway, contra Brian Ortega no UFC 231, ele conectou um número recorde de 290 golpes significativos em uma performance dominante. Ao final, muitos o apontaram como o maior peso-pena de todos os tempos. O “Abençoado” rapidamente recusou o título, dizendo que precisa fazer muito mais para superar José Aldo, quem ele já venceu duas vezes.
O que ele imaginava como “mais” era mais uma defesa de cinturão no início deste ano, mas quando o UFC lhe deu a oportunidade de lutar pelo título interino dos pesos-leves contra Dustin Poirier, ele não pôde recusar.
E assim, o UFC 236 tinha sua luta principal.
Enquanto adquirir o status de “campeão duplo” é sempre uma questão que envolve detentores de títulos, Holloway não está necessariamente focado em colocar uma nova cinta em seus ombros.
“O cinturão é o cinturão, sabe?”, disse Holloway, “Não estou aqui para lutar por cinturões. Estou aqui para enfrentar o cara mais duro. Meu filho, Rush, nem sabe quantos cinturões eu tenho. Eu os guardo em um armário. Eles podem sair de lá quando eu parar de lutar, mas agora, estamos tentando focar em ser o melhor lutador, e eu disse ao UFC - é simples assim - eu disse ao UFC, ‘Me mandem as lutas mais difíceis’, e foi isso que eles fizeram”.
O confronto é uma revanche da estreia de Holloway no UFC, quando foi finalizado por Porier no primeiro round no UFC 143, anos antes de dar início à sua sequência de 13 vitórias consecutivas que o elevou ao seu patamar atual. Quando perguntado sobre a luta, tudo o que Holloway se lembra é da ansiedade que levou ao Octógono.
“A única coisa que eu lembro daquela luta com Dustin era de falar para mim mesmo não desmaiar quando Bruce Buffer anunciasse meu nome”, disse, “Só isso. Lembro de caminhar até o Octógono. Meu treinador dizia, ‘Fique calmo. Fique calmo. Fique calmo’. O garoto andou a 300 quilômetros por hora quando me falaram para caminhar”.
Reassistir àquela luta é divertido por diferentes motivos. Ambos obviamente mostravam sinais de talento, mesmo embora tudo o que eles faziam era um pouco menos polido do que agora.
Eles também tinham menos tatuagens.
O ponto é: não há muito o que tirar daquela primeira luta, e eles estão focados no próximo encontro em Atlanta.
Por estar subindo de divisão, no entanto, surge a questão do que Holloway planeja fazer no peso-pena. Atualmente, ele diz que o plano é subir e descer entre as divisões enquanto os confrontos forem interessantes. Se tudo correr bem para ele no dia 13 de abril, defender ambos cinturões não está fora de questão, mas o que ele não quer fazer é segurar a categoria peso-pena.
“Frankie (Edgar) e José (Aldo), eles não merecem isso”, disse, “Eles não merecem um campeão inativo, e até temos alguns novos desafiantes surgindo, e eles não merecem isso. Se eu precisar abrir mão de um, abro mão, mas se puder defender ambos, você sabe que vou defender ambos”.
Seja como for, a luta com Poirier oferece muitas narrativas. Desde estender sua sequência de vitórias, vingar sua derrota na estreia até adicionar ainda mais talento ao tanque de tubarões que é o peso-leve, Holloway está em uma boa posição para incrementar seu já excelente currículo.
“Quero ser o melhor de todos os tempos”, disse, “Para ser o melhor de todos os tempos, não vou fazer isso falando. Vou lutar e vou provar isso às pessoas”.
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