Irlandês, que nocauteou brasileiro ainda no primeiro round, pede chance pelo cinturão
O público que lotou a O2 Arena em Dublin, neste sábado, fez jus aos confrontos que assistiu, tendo se apresentado como uma das torcidas mais barulhentas em todas as edições do Ultimate Fighting Championship, inclusive se comparada à brasileira, que costuma incendiar os ginásios.
Como prêmio, os fãs puderam comemorar a vitória de todos os seus representantes, um total de cinco – quatro da República da Irlanda e um da Irlanda do Norte. Mais que isso, o UFC Fight Night no Combate – McGregor x Brandão mostrou a força do lutador europeu, com apenas duas derrotas do continente nas dez lutas da noite. No desafio principal, válido pelos pesos penas, Conor McGregor não tomou conhecimento do brasileiro Diego Brandão com um nocaute aos 4min5s do primeiro assalto.
O combate vinha badalado, principalmente por conta das declarações provocadoras do irlandês, além de uma pesagem quente, em que o presidente do UFC, Dana White, teve dificuldade para conter os atletas.
Incentivado pela torcida, McGregor partiu para cima. Brandão encurtou a distância e tentou derrubar para colocar em prática seu jiu-jitsu. Mas o irlandês aproveitou o movimento, revirou o brasileiro, e caiu por cima, de onde passou a castigar com socos e cotoveladas. Diego tentava, em vão, a finalização através das chaves de joelho e tornozelo e a luta voltou em pé. Neste momento, o brazuca já aparentava estar cansado, quando McGregor golpeou seu corpo. Brandão caiu ao chão e recebeu mais alguns golpes até que o árbitro central separasse tudo, aos 4min5s.
“Simplesmente treinei muito para isso e sabia que, se tivesse a chance, a aproveitaria. Ninguém no mundo poderia me bater aqui. Percebi que ele sentiu o golpe no corpo e fui para cima. Sou o maior peso pena da organização e quero o título!”, comemorou McGregor, que chega à terceira vitória no Ultimate.
No co-evento, entre os meio-médios, o islandês Gunnar Nelson usou a base no karatê para confundir Zak Cummings. Já no segundo round, fez valer a faixa-preta de jiu-jitsu dada por Renzo Gracie e finalizou com um mata-leão, aos 4min48s, para anotar a quarta vitória seguida na organização e manter o cartel invicto.
No peso mosca, Ian McCall e Brad Pickett fizeram luta um pouco abaixo das expectativas. Mas McCall mostrou mais volume, usou bem as quedas e trabalhou no chão com socos e cotoveladas. A apresentação valeu a decisão unânime a seu favor, e uma das únicas vitórias de um lutador não europeu.
Na primeira luta do card principal, "Stormin'" Norman Parke conseguiu derrubar e atacar com cotoveladas. Venceu o japonês Naoyuki Kotani aos 3min41s do segundo round, por nocaute técnico.
Boas lutas também fizeram do card preliminar um grande atrativo, com duas finalizações e dois nocautes nos seis confrontos.
Confira todos os resultados:
CARD PRINCIPAL
Conor McGregor venceu Diego Brandão por TKO aos 4min5s do R1
Gunnar Nelson finalizou Zak Cummings com um mata-leão aos 4min48s do R2
Ian McCall venceu Brad Pickett por decisão unânime
Norman Parke venceu Naoyuki Kotani por TKO aos 3min41s do R2
CARD PRELIMINAR
Ilir Latifi venceu Chris Dempsey por TKO aos 2min7s do R1
Neil Seery venceu Phil Harris por decisão unânime
Cathal Pendred finalizou Mike King com um mata-leão aos 3min33s do R2
Trevor Smith venceu Tor Troeng por decisão unânime
Nikita Krylov venceu Cody Donovan por TKO aos 4min57s do R1
Paddy Holohan finalizou Josh Sampo com um mata-leão aos 3min6s do R1
