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O ator Murilo Rosa tem uma ligação pessoal com a luta – é faixa-preta de taekwondo, com dois mundiais no currículo, e queria disputar as Olimpíadas de 1992 quando decidiu levar a sério a carreira de ator. Desde o ano passado, sua relação com os esportes de combate também passou a ser profissional: ele é o personagem principal da série Rio Heroes, transmitida pela Fox Premium e pela Globo Play, que em maio estreia sua segunda temporada.
Na série, Murilo interpreta um personagem real, Jorge Pereira, ex-atleta de jiu-jítsu que criou entre 2007 e 2009 um campeonato clandestino de lutas de vale-tudo, sem qualquer regra, aqui no Brasil, mais precisamente em Osasco (Grande São Paulo). O evento burlava não só as leis brasileiras, mas também as americanas: era transmitido para lá via satélite, onde gerava apostas. A motivação de Jorge para seu negócio era reviver o que ele considerava templos de glória do esporte – ele não se conformava com os sistemas de pontos e rounds dos eventos de MMA, que estavam cada vez mais populares.
Murilo Rosa relembra aqui sua primeira vez em um UFC: justamente o UFC Rio 3, em 13 de outubro de 2013, no qual Anderson Silva lutou contra Stephan Bonnar.
“Sou muito fã do Anderson Silva. Na verdade, sou um apaixonado por lutas. Antes de ser ator, eu fui lutador de taekwondo e disputei dois campeonatos mundiais na Espanha. Esse é, portanto, um universo que me interessa muito. Acompanhei praticamente toda a carreira do Anderson no UFC e considero ele um atleta fora de série. Ele vai estar, durante muito tempo, entre os 2 ou 3 maiores de todos os tempos. Enfim, sou fã. Por isso estive presente no UFC Rio 3, em que ele lutou. Foi o primeiro evento no UFC que vi ao vivo. Foi incrível a luta dele contra Bonnar, um atleta do peso de cima.
Depois dessa luta do Anderson, vi mais dois UFCs ao vivo. Um deles foi o evento em que o Vitor Belfort lutou contra Weidman, em Las Vegas, em 2015 [o UFC 187, em 23 de maio daquele ano, em que Chris Weidman venceu por nocaute técnico]. Eu estava passando uma temporada em Nova York e fui para Las Vegas para assistir. E o último evento que acompanhei ao vivo foi aquele há pouco tempo, em que Jacaré lutou e perdeu do Kelvin Gastelum [por decisão dividida no UFC 224, em 12 maio do ano passado no Rio de Janeiro].
Estou lançando a segunda temporada da minha série, a Rio Heroes, que conta a história de um lutador de jiu-jítsu chamado Jorge Pereira. Ela vai estrear agora em maio – casa bem com o próximo UFC no Rio. É bem provável que eu esteja no evento de novo.
A série Rio Heroes me aproximou ainda mais do universo da luta porque é justamente sobre ele, trata sobre MMA. O Rio Heroes é uma competição que é real, que existiu mesmo, em que a regra é simples: vale tudo, menos dedo no olho, puxar cabelo e acertar as partes baixas. O personagem que faço é um lutador real, das antigas, que hoje mora em Miami, da época em que se lutava sem luva.”