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Pesos-médios fazem a luta co-principal do UFC 204
Gegard Mousasi já tem mais de 13 anos de experiência no MMA, competiu no Pride, no Strikeforce, conquistou cinturões por onde passou e já enfrentou muitos dos melhores nomes de sua categoria.
Ele chegou ao Ultimate em 2013, e pode-se dizer que demorou um pouco para engrenar: foram quatro vitórias e três derrotas em suas primeiras sete lutas, desempenho aquém do que muitos esperavam quando foi anunciada sua contratação.
Apesar dos reveses, Mousasi, atual nono colocado no ranking dos médios, sente que tem evoluído a cada apresentação, e que está no mesmo patamar dos atletas à sua frente, mesmo que alguns fãs o cobrem demais.
“Derrotas acontecem. Eu já fui dominante contra muita gente, e às vezes parece que as pessoas me subestimam. Estou no meu auge, mas sinto que preciso me provar a cada luta”, desabafou em entrevista à reportagem do UFC Brasil.
Hoje, Mousasi soma duas vitórias consecutivas, ambas sobre lutadores brasileiros: por decisão unânime sobre Thales Leites, e por nocaute contra Thiago Marreta.
E, neste sábado (8), ele terá o terceiro adversário consecutivo do país, quando enfrentar Vitor Belfort na luta co-principal do UFC 204. Mera coincidência.
“Eu amo os lutadores brasileiros, não tenho absolutamente nada contra nenhum deles, mas ultimamente tenho tido que enfrentá-los, então é o que vou fazer. Não há nada pessoal”, garantiu o iraniano-holandês.
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Vitor é o lutador com maior número de nocautes (12) na história do UFC, e a maioria de seus adversários admite que é preciso ser cauteloso contra o “Fenômeno” especialmente no primeiro assalto, quando seu poder de nocaute é devastador.
Mas não é desta maneira que pensa Mousasi. Apesar de estar ciente do poder das mãos do brasileiro, ele acha que existe uma outra estratégia ainda mais segura para este duelo.
“Planejo colocar pressão nele desde o começo e não deixar ele fazer nada”, disse Gegard, “Sei que ele é explosivo, mas não quero dar chances para ele. Não penso em prolongar a luta. Quanto antes eu derrotá-lo, menos perigoso vai ser”.
Oriundo do kickboxing, Mousasi sofreu apenas um nocaute em 47 lutas na carreira, e já finalizou 12 oponentes no chão, números que comprovam sua versatilidade.
Ele revelou que analisou as derrotas recentes de Vitor contra Chris Weidman e Ronaldo Jacaré para traçar uma estratégia, mas, apesar disso, acredita que o combate deste sábado não transcorrerá da mesma forma.
“Eles (Weidman e Jacaré) são caras mais da luta agarrada, então a estratégia era um pouco diferente. É claro que se a luta for por esse caminho, também vou aceitar. Mas o Vitor é experiente e sei que ele sempre aprende com as derrotas, então é preciso ser cauteloso”, analisou.
Mousasi acredita que um triunfo sobre Belfort o leve ao Top 5 da concorrida divisão dos médios, que terá o cinturão em jogo logo após sua luta, no duelo entre Michael Bisping e Dan Henderson.
Ele também acha que a configuração da categoria vai mudar bastante em breve, com Jacaré escalado para enfrentar Rockhold, e Weidman agendado contra Yoel Romero. Portanto, no sábado, a mentalidade é cumprir seu papel e sentar para esperar uma definição sobre o futuro.
“Os caras do número 1 ao 4 vão enfrentar uns aos outros. Isso significa que dois deles vão ser eliminados, e um provavelmente vai receber o title-shot. Caso eu vença, estarei logo atrás. Quero fazer o meu trabalho e, a partir disso, veremos o que acontece”, concluiu.
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