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O nome Jon Jones é sempre um assunto polêmico dentro do MMA. Seja pela genilidade dentro do octógono ou pelas confusões fora dele, o campeão meio-pesado é um dos atletas mais lembrados pelos fãs do esporte - e sua ausência no palco mais famoso do mundo nos deixou com muitas saudades.
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Jones é, sem dúvida, um dos lutadores mais talentosos que já passaram pelo UFC. Derrotou nomes como Maurício Shogun, Lyoto Machida, Rashad Evans, Vitor Belfort, Quinton Jackson, Daniel Cormier, entre outros. Todos no auge. Nenhum campeão meio-pesado foi tão dominante como ele.
No último sábado (29), no UFC 232, ele provou mais uma vez que nasceu para o MMA. Derrotou de maneira incontestável Alexander Gustafsson, o atleta que mais lhe deu trabalho em toda sua carreira. A revanche entre ambos carregava muitas expectativas, especialmente pelo tempo que Bones ficou parado. Porém, quando ele está focado em seus treinos, mostra que pode ser imbatível.
Você pode não gostar de Jones. Tudo bem, é impossível agradar a todos, especialmente quando há diversas polêmicas envolvendo sua vida. Porém, não há como negar que ele é o melhor lutador de MMA na ativa nos dias de hoje. Negar sua grandeza é negar o óbvio. É nada contra a correnteza e se afogar.
Os números provam isso. São 11 vitórias em lutas valendo o título, atrás apenas de Georges St-Pierre e Demetrious Johnson. Seis dessas lutas terminaram antes dos cinco rounds. Não sabe o que é perder em seus últimos 15 duelos, a maior marca de invencibilidade dentro dos lutadores ativos no plantel do UFC. Por fim, suas 17 vitórias no octógono o colocam como o meio-pesado que mais venceu na organização.
Todos esses números só foram possíveis graças a uma imensa competência dentro do octógono. Jones é um atleta de MMA completo, dono de um dos estilos mais letais já vistos. Em pé, possui potência suficiente para nocautear adversários com chutes e socos, além de ser dono da cotovelada mais poderosa do Ultimate. No solo, tem criatividade e inteligência suficientes para finalizar em qualquer posição, seja com um mata-leão, uma kimura ou uma guilhotina. Junte todos esses fatores com a maior envergadura entre os atleta do UFC e você tem a fórmula para um campeão soberano, que atropela qualquer ameaça ao seu cinturão.
A única questão que nos sobra é: o quão longe ele ainda pode chegar? Jones é jovem, talentoso e está com apetite para continuar competindo. Em uma categoria que ainda passa por um processo de renovação, não seria loucura pensar que ele poderia ficar no trono até sua aposentadoria.
Ame-o ou odeie-o, uma coisa é certa: Jon Jones é incontestável.