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LAS VEGAS, NV - OCTOBER 06: Conor McGregor of Ireland walks to his corner before facing Khabib Nurmagomedov of Russia in their UFC lightweight championship bout during the UFC 229 event inside T-Mobile Arena on October 6, 2018 in Las Vegas, Nevada. (Photo by Brandon Magnus/Zuffa LLC/Zuffa LLC via Getty Images)
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O MBA do UFC

Cinco lições sobre negócios e marketing que podemos aprender com os lutadores

Aos fãs de UFC, os lutadores costumam provocar admiração não apenas por sua performance no octógono, mas também pela dedicação aos treinos e aos objetivos – invariavelmente, a busca pelo cinturão. Mas, com um olhar um pouco mais atento, é possível captar nesses mesmos atletas diversas lições que podem ser usadas para alavancar negócios, sejam eles quais forem. Veja aqui cinco táticas aplicadas pelos atletas.

1) O básico funciona

Para estar no UFC, o lutador de MMA deve saber muito além do fundamental. Foi-se o tempo em que um atleta era bom em apenas uma modalidade. Hoje, ele treina diversas artes marciais. Invariavelmente obteve a graduação máxima em pelo menos uma delas – muitas vezes, em duas ou três. Mas, no octógono, na hora do tudo ou nada, não se abusa da firula. O negócio é desferir golpes contundentes, aqueles que os atletas treinam exaustivamente, todos os dias: socos, chutes, quedas, chaves. Todo mundo sabe fazer bonito, mas é mais eficiente fazer o correto. E essa é a lição número 1: claro que captar oportunidades é ótimo para fazer qualquer negócio crescer, mas o seu core business deve estar baseado nas coisas que você melhor entende, nas quais tem experiência e que faz com frequência.

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NEW YORK, NY - NOVEMBER 12: Conor McGregor of Ireland celebrates his KO victory over Eddie Alvarez of the United States in their lightweight championship bout during the UFC 205 event at Madison Square Garden on November 12, 2016 in New York City. (Photo by Jeff Bottari/Zuffa LLC/Zuffa LLC via Getty Images)
2) Imagem é tudo – mas tem que ser autêntica

Se tem algo que vários atletas têm de sobra é uma imagem marcante. Peguemos Conor McGregor como exemplo: o cabelo sempre bem cortado, a barba alinhada, os ternos ajustados, as tatuagens, a atitude. Você olha para ele e o reconhece na hora. O sucesso maior é porque tudo parece muito autêntico. Você realmente acredita que ele é daquele jeito. McGregor não faz tipo e não finge ser alguém que não é. Essa é uma lição valiosíssima, especialmente em dias como hoje, em que os consumidores (sejam de esporte ou de bens de consumo) estão numa incansável busca pela verdade. Portanto, é imprescindível que você mantenha a consistência: uma vez definida a imagem de sua marca, não volte atrás.

3) Não negligencie as mídias sociais

Quem não tem uma presença marcante em redes sociais diminui suas chances de sucesso. Contra fatos não há argumentos: segundo a pesquisa Content Trends do ano passado, a empresa que produz marketing de conteúdo em mídias sociais vê aumentar em 2,6 vezes as visitas em seu site. Uma marca, portanto, deve ser consistente nessas plataformas. Coisa que muitos lutadores já entenderam. Não vamos nem falar de Conor McGregor novamente – que, com seus 30 milhões de seguidores, é de longe o lutador mais popular do Instagram. Peguemos Paige VanZant, com quase 2 milhões de seguidores. Sua conta é consistente: ela publica diariamente, algumas vezes até dois posts por dia. Mostra um pouco do seu dia, com treinos, mas também sua vida pessoal, suas viagens, posts com o marido, vídeos divertidos. Com ela aprendemos que é importante não apenas ter uma presença forte nas mídias sociais, mas também que é preciso ser verdadeiro e publicar coisas com as quais os seguidores possam se engajar. E, assim, fortalecer sua marca.

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4) É preciso ter uma baita equipe por trás

Essa talvez seja a lição mais dada pelos atletas. Não basta ter talento se não há uma bela equipe em sua retaguarda. Ninguém chega a lugar algum sem treinadores, técnicos, assistentes, sparrings, companheiros de luta e empresário. Funciona assim também no mundo dos negócios. O time é a estrutura de uma marca. Recentemente, o site americano de recrutamento de profissionais Undercover Recruiter publicou as sete qualidades essenciais de uma boa equipe: os membros comunicam-se bem uns com os outros, eles focam nos objetivos e nos resultados, todos entendem suas responsabilidades e contribuem de forma justa, os participantes oferecem suporte uns aos outros, há diversidade no time, as pessoas são organizadas e a equipe tem um líder forte.

5) É possível levantar-se após uma derrota

Não faltam exemplos de lutador que levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima. Amanda Nunes, primeira mulher a conquistar dois cinturões ao mesmo tempo, é um exemplo. Em 2014, em sua terceira luta pelo UFC, amargou uma derrota para Cat Zingano. O que fez Amanda? Em vez de lamentar, foi procurar os motivos para aquilo ter acontecido. Descobriu que tinha que controlar a ansiedade, que a consumia ao entrar no octógono. E aprendeu como domá-la. Uma derrota ensina mais a um lutador do que várias vitórias. O mesmo vale para uma empresa, que não está livre de sofrer infortúnios. O que ela precisa é saber agir logo, identificar o problema e partir para a busca de uma solução. Os erros devem servir como uma lição e como o impulso necessário para a mudança. Disse Amanda na época de seu revés: “Esse é um erro que eu já cometia e que passei a enxergar melhor depois dessa luta. E ainda bem que foi agora, porque quando eu chegar no cinturão não vou sair mais de lá”. Quem há de discordar?

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