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"Vocês verão o Cristiano de sempre, o que todos conhecem. Comigo é sempre emocionante, qual luta minha não foi assim?" O UFC quer show e é dessa forma que eu busco lutar." - Cristiano Marcello
Carismático, Cristiano Marcello está sempre no centro das atenções no mundo das lutas. O carioca faixa-preta de Royler Gracie, que já afiou o jiu-jitsu de ícones como Wanderlei Silva e Shogun Rua, entre tantos outros, tem muita história para contar. Mais um capítulo da sua vida agitada será escrito neste sábado, no UFC Silva x Stann, quando Cristiano volta ao Japão, país onde já viveu grandes emoções.
"Vai ser mais um feito realizado na minha vida. Posso estar enganado, mas acho que sou o único lutador que já se apresentou pelo Pride, pelo UFC e que ainda participou de uma edição do TUF. Não conheço outro que já tenha tido essas oportunidades. Além disso, já pude lutar num UFC no Rio de Janeiro, a minha cidade, e agora vou ter a honra de me apresentar numa edição do Ultimate no Japão. Estou muito feliz, sou um cara de sorte!", diz.
Cristiano (13v-4d) está com o cartel empatado no UFC. Na sua primeira apresentação, foi derrotado por Sam Sicillia no TUF Finale 15, e depois bateu Reza Madadi no UFC Rio 3, ambos em 2012. Agora o brasileiro vai ter o japonês Kazuki Tokudome (11v-3d-1e) pela frente.
"É um cara com muita experiência, foi experimentado em lutas em várias partes do mundo. O jogo dele é mais agarrado, no wrestling e no chão. Venho treinando em cima do jogo dele e vou para dar show, para dar o que o público quer."
Lutar no país do oponente poderia ser preocupante, mas Marcello não está tão preocupado com isso. O brasileiro já esteve muitas vezes no Japão, seja como treinador ou atleta, tendo combatido pelo PRIDE.
"O público japonês é diferente na hora de expressar as emoções. Acho que, no final das contas, vai predominar quem estiver mais treinado", comenta Marcello. "A torcida lá é diferente da de outras partes do mundo. Ela fica do lado de quem mostra mais técnica e garra. Eles são verdadeiros fãs de arte marcial. Claro, vão ficar felizes se um lutador japonês estiver bem, mas é diferente. Eles gostam de quem passa emoção para eles e acompanham a luta de outra forma. Às vezes, o silêncio que fazem ao assistir assusta mais que os gritos habituais de uma plateia."
Com nove finalizações no cartel, não há como negar, Cristiano é um especialista no jiu-jitsu. Entretanto, nos desafios mais recentes tem apostado mais na trocação, nos chutes e socos. Será diferente contra Tokudome?
"Cada luta é uma luta. Às vezes é difícil derrubar os oponentes, como foi o caso das minhas últimas. No MMA não adianta ter só um plano, tem que estar preparado para tudo. Mas sempre penso em quedar e buscar a finalização.".
E se algum fã ainda tem dúvidas de que será uma luta eletrizante na Saitama Super Arena, o próprio lutador responde.
"Vocês verão o Cristiano de sempre, o que todos conhecem. Comigo é sempre emocionante, qual luta minha não foi assim?" Ele questiona. "O UFC quer show e é dessa forma que eu busco lutar."