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Não é magia: é tecnologia. Não estamos falando de esoterismo, estamos falando de estudos científicos. E a ciência, cada vez mais, diz: o pensamento positivo, também chamado de otimismo, tem muito mais poder do que imaginamos. Reunimos aqui o resultado de quatro vezes em que pesquisadores de renomadas instituições debruçaram-se sobre suas pranchetas para tentar desvendar a capacidade de nossa mente. E mostraram quanto pensar positivo pode mudar nossas vidas.
1) Otimismo previne doenças
O professor de psicologia e psiquiatria americano Richard Davidson, fundador do Centro de Investigação de Mentes Saudáveis da Universidade do Wisconsin, criou o termo “estilo emocional” para tratar das respostas consistentes que nosso cérebro dá às experiências que temos na vida. O especialista consegue medir, com métodos laboratoriais, essa resposta, que influencia nossa probabilidade de sentir determinadas emoções e humores e são, segundo ele, como “átomos da nossa vida emocional, os blocos de construção fundamentais”. Nosso estilo emocional, de acordo com ele, influencia a forma como nos sentimos a nosso respeito, como nos comportamos, quanto somos suscetíveis ao estresse, como funciona nossa cognição e quanto somos vulneráveis a distúrbios psiquiátricos. E, portanto, afeta o equilíbrio de nosso organismo. “Ele tem consequências fisiológicas que, por sua vez, têm importantes efeitos sobre a função dos nossos sistemas respiratório, imunológico, cardiovascular, gastrointestinal e endócrino. Eu chegaria ao ponto de afirmar que, de todas as formas de comportamento humano e estados psicológicos, a influência mais poderosa em nossa saúde física é a nossa vida emocional”, disse ele para o site Longevity Live. Por outro lado, diz o especialista, o isolamento social que advém do pessimismo e de uma visão negativa da vida tende a fazer aumentar nossos níveis de cortisol e outros hormônios relacionados ao estresse, subir a pressão arterial e baixar o sistema imunológico. Péssima ideia.
2) Pensamento positivo nos faz viver mais
Pesquisadores americanos da Universidade do Kentucky examinaram diários escritos em 1930 por freiras, entre 18 e 32 anos, que viviam em um mesmo convento e as ranquearam em uma escala de positividade. Sessenta anos mais tarde, eles entraram em contato com as freiras que ainda eram vivas, e que estavam com idades entre 75 e 90 anos. Metade delas já vivia mais do que a expectativa. E, entre as que eram mais velhas, todas haviam sido colocadas na escala mais alta de pensamentos positivos de acordo com seus diários de 1930. Outro estudo, publicado no JAMA Psychiatry e conduzido por estudiosos do Leiden University Medical Center, na Holanda, corrobora este: adultos considerados otimistas têm 55% menos chance de morrer do coração.
3) Felicidade (e otimismo) traz(em) sucesso – e não o contrário
Foi o que concluiu um estudo feito pela Universidade da Califórnia Riverside e publicado há mais de dez anos na revista científica Psychological Bulletin. A pesquisa foi uma revisão de diversas outras anteriores e contempla 275 mil pessoas. Liderada pela professora Sonja Lyubomirsky, que passou sua vida acadêmica dedicada a estudos sobre a felicidade, ela revela que as pessoas mais felizes – e mais bem sucedidas – devem seu sucesso, em parte, ao otimismo e pensamento positivo. Ano passado, a professora fez uma nova revisão da pesquisa. Nela, afirma: “A felicidade é positivamente associada com autonomia no trabalho, satisfação, performance, comportamento social, apoio, popularidade e renda”. A conclusão é exatamente a mesma: “A felicidade precede e leva a uma carreira de sucesso”.
4) O jeito como você se enxerga faz diferença
Você pratica atividade física constantemente? Sabia que, se você achar que é um tanto mais ativo do que realmente é, isso já pode fazer uma diferença enorme? Um estudo da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, mostrou a força da percepção da intensidade e da nossa rotina de atividade física. A pesquisa, publicada na revista científica Health Psychology, pediu para 61 mil pessoas responderem se achavam que eram mais, menos ou tão ativas quanto as pessoas de sua mesma faixa etária. Depois de até 21 anos acompanhando essas pessoas, o estudo revelou que, entre as que se achavam menos ativas, 71% tiveram mais chance de morrer. Segundo os pesquisadores, a percepção pode afetar positiva ou negativamente a motivação. Os que achavam que se exercitavam pouco ficaram, de fato, mais propensos a ficar inativos. A lição? Esse jeito positivo de ver as coisas pode ser usado em outras áreas de nossa vida que carecem de algum incentivo.
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