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Dia 11 de janeiro, 2011 marca o aniversário de 10 anos da compra do UFC pela Zuffa. Leia abaixo o que aconteceu no primeiro evento organizado pela companhia, o UFC 30.
No dia 11 de janeiro de 2001, uma empresa chamada Zuffa, tripulada pelos irmãos Frank e Lorenzo Fertitta e seu amigo Dana White, comprou o Ultimate Fighting Championship, e ao longo dos próximos dez anos, transformou a companhia em um rolo compressor no mundo dos esportes, ultrapassando todas as expectativas iniciais.
Agora, quando você fala do UFC para qualquer pessoa na rua, você terá uma reação, em 2001, você teria sorte se a resposta fosse um olhar intrigado. Foi uma década espetacular para a organização, mas cada história de sucesso precisa começar em algum lugar, e para Zuffa, o primeiro teste seria o seu primeiro evento, no Trump Taj Mahal, em Atlantic City, New Jersey.
Os nomes no card do UFC 30 - naquela noite de inverno - são conhecidos para fãs de MMA nos dias de hoje: Tito Ortiz, o falecido Evan Tanner, Jens Pulver, Caol (então conhecido como Kaoru) Uno, Sean Sherk, Phil Baroni, Jeremy Horn, Josh Barnett e Pedro Rizzo, mas naquela época, eles eram combatentes em busca de encontrar um lugar para o esporte que a grande mídia e o grande público não entendiam ou, em muitos casos, não queriam entender.
Essa percepção estava prestes a mudar e as coisas realmente melhoraram muito em 2005, quando um pequeno show chamado "The Ultimate Fighter" trouxe o esporte para sala de estar de todos. Agora, os ingressos se esgotam, tanto aqui como em todo o mundo, DVDs, bonecos, cards, uma revista, e o UFC esta em toda parte.
O dia 23 de fevereiro de 2001 foi a data em que tudo começou. Aqui está a maneira como vi as coisas naquela noite...
UFC XXX - Há um novo xerife na cidade, e é Ortiz quem está no comando Por THOMAS GERBASI
ATLANTIC CITY, 23 de fevereiro - De espetáculo para o esporte, de "rinha humana" para uma arte praticada por atletas de qualidade superior. E, da forma como a Zuffa empreendeu sua primeira viagem naquela noite no Trump Taj Mahal, o futuro parece ainda mais brilhante para o esporte MMA.
Coloque o glamour de lado. Esqueça que a realeza do UFC (Mark Coleman, Kevin Randleman, Mark Kerr, Ken Shamrock, Marco Ruas) estava só assistindo o evento. E desconsidere os valores de produção superior, que marcaram a chegada do novo xerife na cidade. O que importa são os lutadores e as lutas. Todas as outras "coisas", que são necessárias para alcançar a grande mídia e as grandes massas, não significam nada para os fãs de carteirinha. E sem dúvidas ninguém saiu decepcionado após a ação que rolou na noite passada.
Todo esporte precisa de uma estrela. Para o UFC, o atleta de Huntington Beach, Califórnia, Tito Ortiz, é a estrela. E como protagonista da luta principal, o campeão médio sabe como fechar o show. Em 30 segundos, Ortiz dominou o desafiante Evan Tanner no clinche, ergueu-o e arremessou-o no chão, deixando-o inconsciente. Em seguida soltou mais alguns socos no rosto de Tanner antes do árbitro Big John McCarthy empurrar Ortiz para longe de seu adversário, interrompendo a luta.
"Continue trazendo os médios e continuarei 'pisando' neles", disse o campeão após encenar a escavação de uma sepultura. Ortiz sem dúvida subiu ao topo do UFC em pouco tempo com sua tradicional camiseta com os dizeres: "Se você consegue ler isto, foi porque acabei com ele".
Na co-luta principal, Jens Pulver de Iowa ganhou o primeiro combate pelo título de peso pluma do UFC, levando a vitória por decisão sobre Kaoru Uno do Japão. "Estou tão animado, não posso acreditar", disse Pulver após o combate. E então, voltando ao seu inimigo vencido, Pulver disse, "Uno, você é meu ídolo. Eu te respeito. Se você quiser uma revanche, eu te concedo". Os fãs no Taj Mahal, provavelmente, não queriam uma revanche após vaiarem o quinto round. Mas o que faltou em ação, sobrou em estratégia. Uma vez que Pulver buscava usar seus poderosos socos, e Uno queria aproveitar as aberturas para levar o duelo para o solo e finalizar o 'Little Evil'.
No final, a trocação de Pulver fez a diferença. Veja Uno vs. Pulver
A luta da noite foi encenada entre os grandalhões, os pesos pesados Josh Barnett e Pedro Rizzo. Em 9:21 de um dos melhores e mais impressionantes combates já vistos no UFC, os dois atletas trocaram até que uma potente direita desferida pelo brasileiro balançasse Barnett. Outra direita de Rizzo veio em seguida nocauteando um indefeso americano na marca de 4:21 do segundo round. "Peço desculpas aos fãs, eu lutei muito mal", disse Rizzo após a contenda. "Mas trouxe minha energia". Uma pessoa que não ficou decepcionada com o desempenho de Rizzo, foi seu extasiado cornerman, Marco Ruas. Veja Rizzo vs. Barnett
"Para ser honesto, eu realmente não sei o que me atingiu", disse Barnett, que perdeu pela primeira vez em 25 lutas de MMA. O morador de Seattle, que foi um dos poucos a se manter trocando com Rizzo, certamente será ouvido novamente. Enquanto 'The Rock' Rizzo terá sua chance contra o campeão dos pesos pesados Randy Couture no UFC XXXI, também no Taj Mahal de Atlantic City.
No undercard, a ação foi: Fabiano Iha fez uma breve apresentação, finalizando Paul Johns, com um armlock em 1:47
'The King of Rock and Rumble', o australiano Elvis Sinosic, causou grande furor em sua estréia no UFC, finalizando o conceituado Jeremy Horn com um armlock de dentro do triângulo em 2:59 do primeiro round.
Bobby Hoffman, de Iowa, foi capaz de se libertar das garras do sul-africano de 130 quilos, Mark Robinson, e conectar uma cotovelada brutal de direita, terminando o embate pesado em 3:27. "As pessoas achavam que seria uma luta equilibrada, então quis espancá-lo", disse Hoffman após o nocaute.
As lutas preliminares: Sean Sherk venceu Tiki Ghosn por desistência verbal (4:47), leves
Phil 'NY Bad Ass' Baroni venceu Curtis Stout por decisão unânime, médios