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O que Conor McGregor pode nos ensinar?

Quatro lições do lutador mais pop do mundo, que ocupa a quinta posição no ranking da fama da ESPN

A quarta lista anual World Fame 100, ranking com os atletas mais famosos do planeta, não deixa dúvidas: o irlandês Conor McGregor é o lutador mais pop do mundo. Liderada por Cristiano Ronaldo, a lista traz LeBron James, Lionel Messi e Neymar, respectivamente entre a segunda e quarta posições. Logo depois do jogador de futebol brasileiro está McGregor, seguido pelo tenista Roger Federer. O jornalista Peter Keating, da ESPN, explica que, para chegar aos top 100, a empresa começa analisando os 794 maiores nomes do espore e examina três fatores de cada um deles: quantidade de seguidores na rede social em que o sujeito é mais popular, volume de pesquisas online pelo atleta no Google e sua renda e valor de mercado. “Trabalhando com o Grupo de Estatísticas e Informações da ESPN, melhoramos o modelo analítico que desenvolvemos para mesclar todos esses dados em uma pontuação que mede a fama geral”, escreve ele.

Keating ainda destaca outra “surpresa”, como definiu: “O campeão dos pesos-leves do UFC Khabib Nurmagomedov está na 15ª posição, a maior de alguém que não entrou no Fame 100 de 2018”. E ele continua: “Você também descobrirá que nosso índice ensina algumas lições básicas sobre a natureza da fama. Por exemplo, a fama não é virtude. É difícil dizer quem foi o primeiro superstar autocriado (…), mas as possíveis celebridades têm descoberto há algum tempo que a notoriedade pode ser sua própria recompensa. Atletas se tornam famosos por sua excelência, com certeza, mas também por suas prisões e causas de caridade e disputas contratuais e vidas amorosas”. E conclui: “Uma lista como a World Fame 100 não é sobre os atletas que são melhores em seus trabalhos; é sobre quem atrai mais olhos”.

Se tem uma coisa que Conor McGregor sabe fazer como poucos é atrair os olhos do mundo para si mesmo. Listamos aqui, portanto, quatro coisas que ele pode nos ensinar para a vida.

1. Limites são ilusões

Convenhamos: muito do que McGregor fez era absolutamente improvável. Antes de Conor aparecer em cena, não havia um único lutador irlandês no UFC. Ele não só foi o primeiro como conseguiu dois cinturões simultaneamente – um deles derrotando o até então invencível José Aldo, que não perdia uma luta fazia dez anos. Depois disso, ainda decidiu que ia lutar boxe contra Floyd Mayweather, num combate em que, somadas, as bolsas de ambos chegaram a 130 milhões de dólares. Para o atleta, limites são amarras que prendem você a um lugar confortável. O importante é...

2. ...acreditar em si mesmo

Autoconfiança: vemos por aqui. Grande parte das conquistas de Conor McGregor estão calcadas em uma extrema autoestima. Desde o dia 1 ele sabia que ganharia o mundo como lutador no UFC. Foi essa crença em si mesmo que fez com que ele abandonasse o trabalho como encanador e apostasse no esporte. Claro, dizer que pode para si mesmo não basta. É preciso que você entenda que...

3. ...trabalho duro vence o talento

OK, é preciso certo dom para se dar bem em alguma coisa. Mas se você for obcecado com o que faz, e dedicar seu dia a fazê-lo, a excelência virá. O desenvolvimento pessoal constante é, para Conor, o segredo do sucesso. E grande parte disso está baseada em entender seus pontos fracos e tentar aperfeiçoá-los, com muita disciplina – ao menos em seus treinamentos. Conor é um estudioso compulsivo de seus adversários e trabalha exatamente como seus treinadores o orientam. Mas, talvez mais bacana que tudo isso, para ele...

4. ...o importante não é o destino, e sim a jornada

Da atitude fanfarrona antes de alguma luta até a forma como se expressa com as roupas que usa, passando pelo negócio que abriu (a produção do uísque Proper Number 12), tudo na vida de McGregor é movido por uma coisa: paixão. Ele vive pelo amor que tem à profissão. Se não fosse tão entusiasmado com o esporte, nunca teria feito metade das coisas que ele fez. Moral da história? O negócio só vale a pena se for divertido.