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“Os nerds vieram para dominar”. Sem contexto, essa frase dificilmente seria associada ao universo do MMA, mas se você acompanha o UFC há, digamos, três anos, certamente já ouviu falar dos “Fighting Nerds” - uma das equipes mais quentes da atualidade.
Baseado em São Paulo, o time liderado por Flávio Álvaro e Pablo Sucupira começou a despontar para o grande público em 2022, quando Caio Borralho chegou ao Ultimate após impressionar em duas apresentações no Dana White's Contender Series.
De lá para cá, Caio escalou ao Top 6 no ranking dos pesos-médios, enquanto outros parceiros de equipe vêm construindo trajetórias igualmente impressionantes: Carlos Prates, Jean Silva, Mauricio Ruffy, Bruna Brasil…
“Aqui na academia, eu sempre vi um trabalho muito bom", contou o head coach Pablo Sucupira em entrevista exclusiva ao UFC Brasil. “Eu observava os sparrings e falava: ‘Caramba, esses caras são muito bons de porrada’".
“A nossa visão de luta era muito boa, mas eu pensava: ‘Será que eu estou louco? Será que tudo isso é viagem minha?’”, prosseguiu o treinador. “Agora vieram os resultados para comprovar isso. (O rápido sucesso) me impressionou por um lado, mas por outro, são coisas que eu estou vendo aqui no tatame há muito tempo".
O segredo do sucesso
Mas quais são os principais fatores que diferenciam os atletas da Fighting Nerds? Alguns podem dizer que a inteligência e adaptabilidade, como em Borralho; outros, a agressividade, como em Jean; talvez a técnica, como em Carlos Prates.
Nós fizemos esta exata pergunta a Sucupira, mas dificultamos a missão do treinador, pedindo que ele listasse sua resposta em apenas três pontos.
“Nossa ética. Eu acho que nós temos uma visão da profissão muito mais clara, do que o atleta tem que entregar, da jornada de trabalho”, disse. “O segundo ponto é a visão de luta: nós entendemos que ‘estar bravo’ não é a melhor forma de lutar, nós encontramos um estado de espírito mais reativo, uma visão da luta mais clara".
“E acho que o terceiro ponto talvez seja o meu olhar, o meu faro de encontrar possíveis talentos e lapidar eles", concluiu. “O nosso garimpo aqui é muito bem feito e encontramos as pessoas certas para o serviço. Aqui tem muita coisa boa, muito atleta bom que as pessoas ainda não viram. Essa onda Fighting Nerds está só na metade".