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Pacquiao: da pobreza na infância para um dos maiores boxeadores do mundo

Filipino encara Floyd Mayweather no sábado (2), na chamada “Luta de boxe do Século”

Emmanuel Dapidran Pacquiao – conhecido apenas como Manny Pacquiao – está perto do maior desafio de sua carreira. O boxeador filipino de 36 anos, campeão dos meio-médios da Organização Mundial de Boxe (OMB), irá enfrentar o invicto norte-americano Floyd Mayweather, dono dos títulos da mesma categoria na Associação Mundial de Boxe (AMB) e do Conselho Mundial de Boxe (CMB), neste sábado (2), em Las Vegas. O duelo vem sendo chamado de "A Luta de Boxe do Século", e terá transmissão ao vivo e exclusiva do Canal Combate a partir das 22h.

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O filipino apresenta um cartel de 57-5-2 (38 nocautes) e foi o primeiro e único boxeador a ser campeão em oito divisões diferentes, chegando a conquistar dez títulos mundiais e se manter campeão linear em quatro categorias. Além de excelente atleta, o lutador também faz pequenas gravações como ator, é cantor aposentado, já foi jogador de basquete e atualmente exerce a função de político, sendo eleito em maio de 2010 para a Casa dos Representantes (referente à Câmara dos Deputados no Brasil) no 15° Congresso das Filipinas e reeleito em 2013.

“O instinto assassino está de volta. Meus filhos me pediram essa luta contra o Mayweather. E isso faz esse combate o mais importante. Fiquei feliz quando confirmaram a luta. Vou entrar lá e fazer o meu trabalho. Sei que posso vencê-lo”, disse o lutador, segundo reportagem do GloboEsporte.com. Católico fervoroso, o filipino mandou um recado ao seu rival de sábado, criticando o apego que Mayweather tem pelos bens materiais. “Mayweather precisa conhecer e temer a Deus. Dinheiro não é tudo. Um homem sem Deus é um homem sem alma”.

A popularidade do atleta em seu país é tão grande que existe uma lei que obriga o Exército a sair nas ruas para defender o boxeador caso ele esteja em perigo. Pacquiao também é o único atleta das Filipinas com um selo postal de seu rosto e recentemente foi homenageado por uma companhia aérea local com fotos do lutador na parte externa das aeronaves. Fica claro que a velocidade nos golpes de Pacquiao já rendeu muita coisa boa para o lutador. 

A vida, no entanto, nem sempre foi boa para o boxeador, que teve uma infância pobre, chegando a morar na rua, vender rosquinhas para ganhar dinheiro e até mesmo presenciar os horrores de uma guerra civil aos cinco anos de idade. Todos os momentos difíceis serviram para moldar seu caráter, e fazer do boxeador um homem determinado a mudar sua vida e a das pessoas de seu país. “Eu sei o que é ter apenas uma refeição por dia. Por isso treino duro, luto mais duro ainda e quero fazer meu povo feliz”.
 
Como acontece com muitos atletas profissionais, Pacquiao já foi acusado pelos rivais de usar susbstâncias proibidas para melhorar seu desempenho, mas o lutador passou por vários testes durante sua longa carreira e nunca teve problema com isso. Um dos grandes problemas é que Pacquiao não é adepto a tirar muito sangue do seu corpo para os testes, pois acredita que isso o deixará mais fraco.