Perda da invencibilidade mudou Rodrigo “Zé Colméia" para melhor
Brasileiro encara Alan Baudot pelo peso-pesado neste sábado (17) no UFC Vegas 31
Após estrear no Ultimate vencendo por finalização no último mês de maio, Rodrigo “Zé Colméia” Nascimento sofreu a primeira derrota em sua carreira no MMA profissional em outubro do ano passado, quando foi nocauteado por Chris Daukaus em apenas 45 segundos de luta.
Em conversa com a reportagem do UFC Brasil, o brasileiro admitiu que o revés não foi resultado de algo pontual, mas de uma série de acontecimentos anteriores ao duelo, e garantiu que já virou esta página de sua história.
“Eu errei muitas vezes naquela derrota”, disse. “Não errei apenas naqueles 45 segundos, errei antes, no camp e comigo mesmo. Mas essa derrota foi boa para me mostrar o que preciso fazer certo. Agora, coloquei tudo em ordem e pode ter certeza que dessa vez vai ser diferente”.
“A galera acha que depois de uma derrota a gente para, desiste, que muda o cara”, continuou. “Muito pelo contrário; estou vindo com muito mais vontade, muito mais forte, muito mais rápido, mais inteligente e mais estratégico do que nunca”.
O mineiro de Belo Horizonte terá sua chance de redenção no próximo sábado (17), quando enfrentará Alan Baudot na luta de abertura do UFC Vegas 31, e mostrou serenidade e confiança ao falar sobre o combate.
“Não existe pressão nenhuma, estou indo para curtir a luta, curtir meu momento. Eu perdi? Perdi, mas são águas passadas”, disse, “Essa próxima luta, decidi ganhar seis meses antes, antes de assinar o contrato. A decisão já foi feita; sábado, só vou concluir isso”.
“Treinei bastante a trocação nesse camp, mas sem deixar o jiu-jítsu de lado”, continuou. “Se ele quiser ir para a trocação, a gente pode ir, mas tenho certeza que, no momento certo, vou puxar ele e tenho certeza que ele não sabe nadar. Vou afogar ele”.
Após dar um passo para trás com o primeiro revés, Rodrigo, contratado após passar pelo Dana White’s Contender Series em 2019, quer dar dois para frente neste final de semana e voltar à forma que deu a ele o status de promessa de renovação na divisão até 120 Kg.
“A gente tem que ter o pé no chão, ir com calma, degrau a degrau. Se eu posso ser a nova cara do peso-pesado no Brasil? Sem sombra de dúvida, eu posso”, disse. “É uma coisa que leva tempo, não é de um dia para o outro. Eu sou novo, tenho 28 anos, tenho um cartel bom, tenho o jiu-jítsu, coisa que muito peso-pesado não tem. Me considero um cara inteligente, frio, calculista, sou bem sereno. Sei que posso ser a nova cara do peso-pesado para o Brasil”.