Eventos
UFC realiza primeiro evento em solo neozelandês
Acesse o Bolão UFC e faça previsões completas de todas as lutas do card
O UFC desembarca na Nova Zelândia e realiza o primeiro Fight Night da história no país, em Auckland. O local James Te Huna enfrenta o experiente Nate Marquardt na atração principal da programação, que ainda terá a participação dos brasileiros Charles 'Do Bronx' Oliveira e Rodrigo de Lima. Análise dos principais destaques da noite a seguir.
Conheça o Combate+ e assista todos os UFCs pela Internet
James Te Huna x Nate Marquardt
Nos meio-pesados, Te Huna chegou a cravar cinco vitórias nas seis primeira lutas pelo UFC. Mas a ‘água no chope’ veio com reveses para Glover Teixeira e Mauricio Shogun, que o fizeram descer uma faixa de peso e tentar nova sorte entre os médios.
Marquardt tem experiência de sobra no MMA, mas também caça a recuperação. Após lutar com nomes como Chael Sonnen, Anderson Silva e Demian Maia, acabou demitido. Baixou para meio-médio, faturou o cinturão do Strikeforce e retornou ao Ultimate, onde, computou duas derrotas (contra Jake Ellenberger e Hector Lombard).
Não é preciso ser especialista para perceber que o boxeador Te Huna ainda precisa evoluir mais em seu jogo até bater de frente com os caras de elite. Mas uma vitória pode fazer o neozelandês dar passo importante em Auckland.
No papel, Te Huna é um golpeador de volume. O atleta local tem média boa de defesa de quedas (67%), fator que deve ser colocado à prova em diversos momentos dos cinco assaltos. Mais tático e calculista, Marquardt tem noção mais refinada de MMA, e o favoritismo pende mais para seu lado.
Jared Rosholt x Soa 'The Hulk' Palelei
O coevento principal traz dois pesados ao melhor estilo ‘brucutu’. Invicto há três lutas na segunda jornada pelo UFC, Palelei tem detonado adversários com mãos pesadas e ground and pound visceral.
Wrestler renomado, Rosholt vai para a terceira apresentação no Ultimate e também não sabe o que é perder no octógono.
Parece absurdo achar que o ‘Hulk’ conseguirá cravar o adversário no solo e exercer o jogo de amassa característico. Mas quem se arrisca em dizer o contrário?
Charles 'Do Bronx' Oliveira x Hatsuo Hioki
O nipônico vinha de três derrotas seguidas, mas conseguiu a recuperação com vitória por decisão, sobre Ivan Menjivar. Expert no jogo de solo e com 12 triunfos por finalização na carreira, Hioki é um misto do pragmatismo e ‘porralouquice’, típica nos lutadores asiáticos.
Charles ‘Do Bronx’ também brecou a sequência de reveses com a finalização no segundo assalto sobre Andy Ogle, em fevereiro. O paulista conta com forte background no jiu-jitsu, mas tem agregado jogo em pé dinâmico e repleto de boas combinações de mãos e pés, reforçado pelo biotipo longilíneo e a boa envergadura.
Com tanto respaldo de grappling envolvido em ambos os lados, o combate pode ser um típico 'jogo de xadrez' de clinches, quedas, chaves e estrangulamentos. O brasileiro é melhor striker, e mostra recursos mais refinados nesse sentido para serem usados como diferencial ideal.
Rodrigo de Lima x Neil Magny
Veterano da casa, Magny dará boas-vindas para o novato De Lima. Aos 22 anos e com grande rodagem nos eventos nacionais, o brasileiro é expert em finalizações, com jogo 'escorregadio' de solo repleto de estabilizações e submissões dos mais variados tipos.
Magny tem se transformado em oponente indigesto gradativamente. Com duas vitórias seguidas, amadureceu o padrão de luta mixando poder de striking e wrestling na mesma medida. Sua defesa de quedas aponta 73% de aproveitamento, o que será providencial para brecar investidas constantes - e esperadas - do adversário da vez. Em mais um duelo 'clichezento' experiência x juventude, a coisa parece mais favorável ao representante do primeiro quesito. Pelo menos em teoria.