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“O trabalho foi coroado”
É assim que Priscila Cachoeira define a vitória sobre Gina Mazany no UFC 262.
A brasileira conquistou a sua segunda vitória por nocaute consecutiva no Ultimate – sua primeira como membro do Team Figueiredo, equipe do campeão peso-mosca Deiveson Figueiredo.
Treinando em Belém (PA) desde o início do ano, Priscila fala com alegria sobre a nova fase como atleta profissional.
“A felicidade transborda. Eu trabalhei incessantemente, não só quando a luta foi marcada, mas eu venho trabalhando desde meses antes. Desde quando pisei em Belém na primeira semana de janeiro, eu venho trabalhando incessantemente. Foram cinco meses. Quando marcou a luta, já comecei a trabalhar em cima do jogo da adversária e da estratégia. Mas a sensação é de dever cumprido. Eu me dediquei ao máximo para essa luta”, disse em conversa com a reportagem do UFC Brasil.
De fato, a satisfação de Cachoeira com a vida na nova equipe é tanta que olhos mais atentos notaram uma homenagem que a lutadora fez ao campeão.
“[O cabelo colorido] é uma homenagem ao [Deiveson] Deus da Guerra. Agora estão me chamando até de Deusa da Guerra. Ele deixa o cabelo loiro com uma linha vermelha. Eu mantive o preto e botei a linha azul. É uma homenagem a ele. Na próxima luta eu vou incorporar de verdade. Vou descolorir o cabelo e botar a linha vermelha”.
Priscila começou a sua carreira no UFC com três derrotas seguidas – e algumas lesões no meio do caminho. Para superar a má fase, ela conta que fez tratamentos psicológicos e até hipnoterapia. Agora, ela diz sentir que está no caminho certo.
“Eu dei mais um passo. Naquela vitória contra a Shana Dobson, eu desatei a corda do meu pescoço. Renovei o contrato, e essa vitória foi mais um passo. Eu subi um degrau, mas ainda tenho muitos para subir. Ainda tenho muito o que aprender, muito o que consertar no jogo, não só técnico, mas no geral. Tudo é um aprendizado. Eu fui ao topo, eu caí, e agora estou dando um passo de cada vez, sem pular nenhum obstáculo”.
Logo depois da luta, Priscila expressou a vontade de enfrentar Montana De La Rosa. Mas agora ela diz que as portas estão abertas para o que vier.
“Eu tinha o nome da De La Rosa em mente porque ela é do top 15, mas talvez a gente não lute contra uma ranqueada agora. Quero embalar mais uma vitória, e depois dessa próxima luta a gente pensa em uma adversária ranqueada. Eu quero lutar, não importa quem vem. O guerreiro não escolhe o adversário, ele luta com quem for”, afirmou, prevendo um retorno para o segundo semestre.
“Segunda eu já estou treinando. Eu quero lutar logo. A ordem veio de cima: volte aos treinos o mais rápido possível. Pela primeira vez eu não tive nenhuma lesão, graças a Deus. Nas minhas lutas é normal eu sair com algum osso quebrado, alguma coisa, mas nessa luta eu saí inteira. Pronta para a próxima. Se Deus quiser, em outubro ou novembro no máximo já tenho uma guerra de novo”.