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Norte-americano teve carreira gloriosa no UFC
Um dos grandes nomes dos meio-pesados do UFC anunciou sua aposentadoria nesta semana.
Aos 38 anos, Rashad Evans, que foi campeão da segunda temporada do The Ultimate Fighter e rei da categoria dos meio-pesados, declarou que está pendurando as suas luvas em participação no Ariel Helwani’s MMA Show.
De campeão do TUF 2 a campeão meio-pesado do #UFC. Parabéns por uma carreira incrível e obrigado, @SugaRashadEvans ! pic.twitter.com/a47Tsh6jSX
— UFC Brasil (@ufc_brasil) 26 de junho de 2018
Wrestler da Divisão I da Universidade de Michigan, Evans começou no MMA depois de se formar em psicologia. Em 2005 veio o primeiro sabor da glória quando venceu a segunda temporada do The Ultimate Fighter, com o então peso-pesado mostrando habilidade, vontade e coragem ao derrotar Keith Jardine, Mike Whitehead, Tom Murphy e Brad Imes para ganhar um contrato com o UFC.
A partir dali, Evans desceu para sua categoria de peso natural e emendou uma sequência 7-0-1, incluindo uma decisão sobre Michael Bisping, um empate com Tito Ortiz e nocautes inesquecíveis sobre Sean Salmon e Chuck Liddell.
Foi esse nocaute sobre o “The Iceman” em 2008 que levou o norte-americano ao title-shot. Na luta seguinte, o confronto contra Forrest Griffin em 27 de dezembro de 2008, Evans anotou mais um nocaute na carreira.
Simples assim. Ele era o campeão mundial.
Evans perdeu o título em sua primeira defesa, contra Lyoto Machida, mas sua trajetória continuou marcada por grandes lutas.
As batalhas contra lesões, no entanto, atrasaram seu caminho, forçando-o a ficar sem lutar por quase dois anos. Quando estava prestes a enfrentar Anthony Smith no UFC 225, ele sabia que o fim estava próximo.
"Não fico pensando na linha de chegada, mas entendo que é uma realidade mais próxima do que nunca", disse. "Estou bem com isso. Acho que o maior problema na vida é quando estamos com medo de desapegar. Quando você se apega, há um medo de abraçar o desconhecido”. Ele entrou na luta com a cabeça limpa e com a intenção de aproveitar o momento.
Enquanto um cartel 0-5 marcou as últimas lutas de sua carreira, isso não é reflexo do que ele trouxe para o Octógono quando estava saudável. Velocidade, poder, wrestling e uma abordagem analítica para o jogo fizeram dele quase imparável quando ele estava bem, e que alto IQ luta lhe rendeu o posto de treinador no The Ultimate Fighter 10.
Mais importante, Evans sempre foi um dos mocinhos do esporte, algo que vai além de seu recorde final 24-8-1. Claro, as carreiras raramente terminam como um lutador quer, mas se houver um lutador que abraça a vida pós-MMA é Rashad Evans, que está apenas começando um novo capítulo.