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Realizando sonho de lutar no Japão, Claudinha busca garantir novo title-shot

Em duelo de brasileiras, Gadelha encara Jessica Bate-Estaca nesta sexta (22)

Berço de diversas artes marciais, o Japão foi durante muitos anos um dos principais centros do MMA mundial, onde algumas das grandes estrelas da história do esporte como Rodrigo Minotauro, Mauricio Shogun, Wanderlei Silva e Fedor Emelianenko despontaram e criaram suas lendas nos ringues do extinto PRIDE.

Por toda essa tradição, Claudia Gadelha, que fará sua primeira luta no país nesta sexta (22), quando medirá forças com a compatriota Jessica Andrade no UFC Japão, na histórica Saitama Super Arena, revelou em conversa com a reportagem do UFC Brasil que este não é um simples evento para ela.

“Sempre tive o sonho de lutar no Japão, desde que comecei a lutar. Não é todo dia que o UFC vai ao Japão, então eu queria muito entrar nesse card. Desde que desci do octógono contra a Karolina no Rio, falei para o Sean Shelby que queria entrar nesse card, mas ele não estava conseguindo arrumar nenhuma adversária para mim”, contou Claudinha, citando seu mais recente triunfo, sobre a segunda colocada no ranking do peso-palha, a polonesa Karolina Kowalkiewicz, em junho deste ano, “Já estava chegando em cima da hora, ele tinha proposto para várias meninas e ninguém tinha aceitado. Então vi uma entrevista da Jéssica dizendo que estava pronta para lutar e que poderia ser comigo, e vi uma oportunidade de ter uma adversária”.

“Não gosto de ficar muito tempo sem lutar, mas ficar esperando a boa vontade de alguém é complicado”, continuou a brasileira, “Não gosto de ‘trash talk’, então já que ela falou que queria lutar comigo, vamos lá. Apesar de sermos brasileiras e estarmos lutando em um evento longe, para mim fez muito sentido, porque sempre quis lutar no Japão e ela foi a única que topou no momento”.

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Mas lutar no Japão exige uma preparação totalmente diferenciada para quem mora nos Estados Unidos, como a brasileira, uma vez que a diferença de fuso horário entre Albuquerque, onde reside Claudinha, e Saitama, onde será realizado o evento, é de 15 horas. Por isso, Gadelha revelou ter treinado em horários pouco usuais na preparação para esta luta.

“Já comecei a me aproximar do fuso do Japão desde a metade do camp. O evento vai ser de manhã, então procurei fazer os treinos mais fortes no horário que vou lutar e acordar na hora que vou acordar no Japão, então meu corpo já está ajustado ao horário de lá”, garantiu a brasileira, “Na primeira semana em que fiz isso, me senti muito cansada, mas depois percebi que valeu a pena, porque não queria me sentir dessa forma na semana da luta”.

Claudinha será o primeiro desafio de Jéssica depois da derrota da paranaense para Joanna Jedrzejczyk em disputa pelo cinturão do peso-palha em maio deste ano, e espera ela própria se consolidar como a próxima desafiante ao título em caso de vitória.

Gadelha sofreu apenas duas derrotas em 17 lutas na carreira, ambas para Jedrzejczyk em duelos bastante equilibrados. Vindo de triunfos consecutivos sobre Cortney Casey e Karolina Kowalkiewicz, a potiguar de 28 anos acredita que está chegando a hora da trilogia.

“Acho que a Jéssica é uma lutadora muito forte, mas não sou fã da parte técnica dela. Acho que ela peca muito tecnicamente e é por aí que vou tentar trabalhar, no erro técnico dela”, analisou, “É aquela velha história, eu tenho um primeiro obstáculo na frente, que é a Jéssica, e estou focada nela, com certeza. Mas tenho um objetivo e não estou aqui para ser só mais uma; quero ser campeã da categoria. Então, depois dessa luta, quero a Joanna de novo”.

Para que as duas se reencontrem em nova disputa de título, no entanto, Joanna precisa primeiro passar por Rose Namajunas em duelo agendado para o dia 4 de novembro no UFC 217. E é exatamente isso que a brasileira acredita que vai acontecer: “Acho que a Rose ainda não está pronta para lutar com a Joanna”, concluiu.

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