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Recap do Ep. #3 do TUF Brasil

A confiança que a primeira vitória trouxe para o Time Vítor está muito explícita. Mesmo que cada um ainda tenha que fazer sua própria luta e avançar na casa, boa parte dos membros da equipe do ex-campeão meio-pesado do UFC parecia ter tirado um peso das costas com o triunfo de Godofredo Pepey sobre Wagner Galeto por decisão dividida na edição passada. O fator pressão fica nos ombros do time rival, que segundo Wanderlei Silva já esperava assumir o controle das ações neste momento.      
       
As ideias de confronto número #2 que Vítor e sua equipe projetaram para aumentar o placar contra o Time Wanderlei vão escapando de todas as perspectivas do "The Axe Murdered" e de seus comandados. Muito se falou que no combate de abertura do peso médio, Vítor colocaria César Mutante (seu protegido segundo o Time Wanderlei) para enfrentar Leonardo Macarrão - que ainda apresenta sinais da guerra travada na luta eliminatória - ou Francisco Massaranduba.     
     
Observando a melhor vibe e empolgação de Daniel Safarian, o Time Vítor opta em escolhê-lo. O paulista faz suas considerações para evitar um confronto com Delson Pé-de-Chumbo e abre as possibilidades de encarar Macarrão ou Renée Forte.      
     
No momento do casamento do combate peso médio, os extremos entre os dois técnicos fica mais visível, o que deve aguçar a rivalidade. Enquanto Vítor tentava passar uma mensagem para o time adversário, Wanderlei dava seus depoimentos e entre eles, "O cara pediu para ser chato, e entrou três vezes na fila... Ai eu deixo a questão que rege o mundo, 'será que o chato sabe que é chato?'"     
     
Vítor surpreendeu os oponentes ao escolher Reneé, que se posicionou no aguardo de Mutante, mas seu adversário é Daniel Sarafian.     
   
Na casa, Pé-de-Chumbo, um dos mais experientes, puxa o coro pela seriedade a partir de agora. Segundo o atleta, o ideal é regrar mais a rotina e separar as equipes nos quartos também, uma vez que os times já estão definidos. A decisão divide opiniões.   
   
Sem deixá-lo passar desapercebido, lá vem Gasparzinho, "o atleta mais discreto da casa", ele continuou aprontando das suas com os dois times. Algumas das brincadeiras não foram bem aceitas, e o próprio colega de equipe, Rodrigo Damm, o repreendeu sobre a linha tênue das zuações com a falta de respeito.    
   
As diferenças dos times não estão apenas nas cores; mas também no quesito pré-luta: o Time Vítor se apoiava na fé, já o Time Wanderlei pegava o gás na descontração. Além disso, a visita especial do campeão peso pesado Junior "Cigano" dos Santos deu aquela empolgada nas duas equipes antes da hora da verdade.   
   
Uma combinação que terminou com low kick de Safarian foi o primeiro momento de ação no combate contra Reneé. Um gancho de esquerda seguido de um direto de direita deram a resposta, e ambos foram para as grades. Reneé pressionou e veio com mais dois socos de direita (que não entraram em cheio), Daniel quis buscar o thai clinch, mas terminou levando a luta para o solo caindo por cima. O pupilo de Belfort tentou trabalhar, mas a luta ficou na busca de posicionamentos e, no instante que voltaram em pé, Sarafian conectou uma joelhada. Uma nítida diferença nas movimentações apontava o membro do Time Vítor com mais gás do que seu adversário. Reneé permaneceu um tanto hesitante diante de um Sarafian objetivo. Nos 10 segundos finais, Sarafian quase conseguiu a montada, porém tocou a campainha assinalando o fim dos cinco primeiros minutos.    
   
No intervalo dos rounds, Reneé ouviu que era hora de correr atrás do segundo assalto, já que havia perdido o primeiro. O recado parece ter colocado pressão extra sobre o lutador, que congelou suas ações e viu Sarafian crescer ainda mais. Esbanjando determinação, o paulista usou seu jogo em pé mais solto e abriu caminho para levar para baixo, dominar e, num belo movimento, aproveitar abertura proporcionada por Reneé na hora de voltar em pé para pegar as costas e encaixar um estrangulamento.    
   
Uma contusão no princípio do embate pode ser indicio da passividade do derrotado, "Ele (Reneé) me disse que deu um chute no Sarafian no começo e machucou o pé, que ele sentiu muita dor no pé." Contou Wanderlei, já Vítor viu com outros olhos. "Ele defendeu bem, o Renée é um lutador muito forte, muito talentoso, o Renée precisa mais de uma direção, eu acho."  
 
"Se fosse um evento aí do UFC, com certeza ele teria ganho a 'Finalização da Noite. '" Exaltou Cigano.  

Fato consolidado, a nova derrota do Time Wanderlei – segunda em duas lutas – teve mais conseqüência do que não empatar a disputa. Reneé declarou ter sentido a pressão colocada pelo próprio time e um dos técnicos, o super talentoso Rafael Cordeiro, não se conteve e esbravejou.

"Não foi bom, não lutou bem, não tem que ficar tapando sol com a peneira," disse ele. "Não lutou, foi uma m**** de uma luta. Vamos falar a verdade, lutou mal para c******. Não vamos ficar tapando o sol com a peneira, não fez 10% do potencial."

 Com 2-0 a favor, Vítor continua dando as cartas no casamento das lutas, e Wanderlei precisa começar a vencer ou mais uma derrota pode abalar as estruturas de todo time. A responsabilidade nos ombros traz motivação extra ou desmotiva? Aguarde as próximas semanas.