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A redenção no The Ultimate Fighter

Depois de 12 anos de batalhas épicas e futuros campeões, a competição esportiva mais acirrada do mundo está de volta! Catorze lutadores de temporadas passadas buscarão redenção junto aos treinadores Garbrandt e Dillashaw. 


Para o bem ou para o mal, uma luta pode mudar tudo no mundo dos esportes de combate. Ela pode fazer de um batalhador um campeão, ou mandar o campeão em uma queda da qual ele nunca se recupera. E acompanhar toda a emoção de ver atletas de alto nível testando suas habilidades uns contra os outros é o que nos faz assistir ao esporte.

Isso não é beisebol, onde um arremessador se recupera de um jogo ruim apenas quatro dias depois, ou futebol americano, que oferece um espaço de sete dias antes da chance de reverter um resultado ruim. No universo da luta, uma derrota pode acabar com um atleta, deixando-o de molho por meses ou até para sempre. E um lutador pode nunca ter a chance de se redimir.

Joe Stevenson conhece a sensação. Quando pisou no octógono do UFC 80, em janeiro de 2008, ele estava a uma luta de ser coroado o campeão peso-leve do UFC. Era o auge de uma jornada que havia começado em 2005, quando aceitou uma vaga no elenco da segunda temporada do The Ultimate Fighter.

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Na época, o MMA estava começando a receber mais atenção nos Estados Unidos graças à primeira temporada do TUF e seu improvável campeão e estrela, Forrest Griffin. Griffin era um veterano do esporte, com seu cartel 9-2 escondendo a experiência de ter enfrentado nomes como Dan Severn, Jeff Monson, Chael Sonnen e Jeremy Horn. Mas encarar tal esquadrão não era exatamente lucrativo, e Griffin estava prestes a fazer da carreira de agente da lei seu único sustento antes de o TUF mudar sua vida.

Stevenson estava em condição parecida. Ou, para ser mais exato, sem condições quando se tratava do MMA. Quando 2005 começou, Stevenson tinha 22 anos, estava passando por um divórcio e trabalhando em uma fábrica de pneus. Como lutador, já tinha um incrível cartel 23-6, mas não lutava desde fevereiro de 2004, quando finalizou Joe Camacho. A vitória era sua oitava consecutiva, mas na época, ele considerou que seria sua última da carreira.

"Eu havia me aposentado, e tinha muita coisa acontecendo na minha vida, como um divórcio e sair da minha academia", ele me disse em 2005. "Eu acabei trabalhando na fábrica de pneus, jogando pneus por aí. Tudo o que aconteceu me deixou chateado".

O The Ultimate Fighter ofereceu a Stevenson uma segunda chance. Se mudar para uma casa junto de outros lutadores em situações parecidas, e ganhar uma chance de assinar com o UFC.

"Existem coisas na vida para as quais você simplesmente não pode dizer 'não'".

Então ele disse "sim", e depois de derrotar Marcus Davis, Jason Von Flue e Luke Cummo, Stevenson tinha em mãos seu contrato e nova perspectiva na carreira. Ele venceu quatro de suas cinco lutas seguintes, e foi escalado para enfrentar BJ Penn pelo título vago do peso-leve.

Mas desta vez, era Penn que teria sua redenção, conquistando o título da divisão até 70kg em sua terceira tentativa. Era a melhor história de 2008, exceto para Stevenson, que passou para 3-6 em suas lutas seguintes, e uma sequência de quatro derrotas carimbando sua saída do UFC em 2011.

Ainda com 29 anos, era esperado que o atleta continuasse sua carreira, mas reveses seguidos para Dakota Cochrane e Dominique Robinson, com quase três anos entre as duas lutas, pareceram cimentar o fim de sua carreira.

Mas não cimentaram.

Em 2016, Stevenson venceu várias lutas na Califórnia, e então recebeu um telefonema. Era como a ligação que havia recebido em 2005, e igual às ligações que Seth Baczynski, Jesse Taylor, Ramsey Nijem e Eddie Gordon receberam. Eu não tenho todos os detalhes, mas imagino que a conversa foi algo do tipo:

"Você quer uma chance de ter um novo contrato com o UFC? Tudo o que precisa é vencer um torneio de 16 participantes e ficar em uma casa em Las Vegas por seis semanas".

E a resposta de Stevenson? Imagino que o primeiro pensamento em sua cabeça tenha sido o mesmo de 12 anos atrás.

"Existem coisas na vida para as quais você simplesmente não pode dizer 'não'".

Logo, ele disse "sim". Assim como também disseram Baczynski, Taylor, Nijem, Gordon e o resto dos participantes da temporada 25 do The Ultimate Fighter, apropriadamente intitulada "redenção".