Pular para o conteúdo principal
Elias Theodorou of Canada poses for a portrait during a UFC photo session on November 15, 2017 in Sydney, Australia. (Photo by Josh Hedges/Zuffa LLC)
Especiais

Relembrando Elias Theodorou, 1988-2022

Alguns lutadores causam uma impressão imediata. Elias Theodorou foi um desses poucos atletas que fazem com que todos prestem atenção nele assim que o veêm.

Seja pelo fato dele ter sido o dono do melhor cabelo nas artes marciais mistas ou por ele estar pronto, disposto e capaz de enfrentar todos os foram colocados em sua frente durante a passagem no UFC, que durou de 2014 a 2019, "O Espartano", que infelizmente faleceu no domingo por conta de um câncer no fígado em estágio 4, aos 34 anos, causou um impacto.

E ele sabia disso desde que entrou no Octógono pela primeira vez em 2014 para lutar - e vencer - o The Ultimate Fighter Nations no peso-médio.

Elias Theodorou interacts with fans during the UFC Fight Night Open Workouts event at Barrymores Music Hall on May 1, 2019 in Ottawa, Ontario, Canada. (Photo by Minas Panagiotakis/Zuffa LLC)

Elias Theodorou interage com fãs durante o treino aberto do UFC Fight Night em Ottawa, no ano de 2019. (Foto por Minas Panagiotakis/Zuffa LLC)


"Eu não tenho vergonha da câmera", ele riu em uma entrevista antes de vencer Sheldon Westcott em dois rounds para se juntar ao Chad Laprise como os primeiros vencedores canadenses do TUF. "Eu sou uma espécie de prostituta da mídia, então jogue uma câmera na minha frente e eu cuspo cerca de dez coisas diferentes, e pelo menos uma delas vai ser ouro". Portanto, temos opções".

O afável lutador de Toronto não tinha apenas opções quando se tratava de seu trabalho na frente da câmera, mas na vida. Dono de um bacharelado em Publicidade Criativa pelo Humber College, Theodorou também foi ator, dublê e modelo que apareceu na capa de vários romances da Editora Harlequim. Mas o MMA era seu verdadeiro amor.

"Eu tenho uma formação educacional para a qual poderia ter ido, e há diferentes aspectos de modelagem e atuação em que eu poderia entrar, mas para mim, as artes marciais são minha paixão e meu amor", disse ele em 2014. "Todo o resto estará lá depois. É nisso que me concentrei, é isso que eu quero, e não há mais nada a meu ver. Acho que o que me faz ter sucesso nisso é que posso fazer o que eu quiser, mas tudo o que eu quero é isso. Isso é tudo para mim".

Elias Theodorou of Canada celebrates his victory over Trevor Smith in their middleweight bout during the UFC Fight Night event at ECHO Arena on May 27, 2018 in Liverpool, England. (Photo by Josh Hedges/Zuffa LLC)

Elias Theodorou comemora a vitória sobre Trevor Smith no UFC Liverpool, em 2018. (Foto por Josh Hedges/Zuffa LLC)


E ele era muito bom nisso.

Theodorou venceu suas primeiras oito lutas profissionais antes ser selecionado para o TUF Nations, e depois de vencer o programa, ele conquistou mais duas vitórias no UFC, sobre Bruno Santos e Roger Narvaez, antes de perder sua primeira luta para Thiago Marreta em dezembro de 2015.

"Há um lado bom nele", disse ele após o combate. "Eu poderia explicar que Thiago estava em lágrimas e eu sou a única pessoa que foi a uma decisão próxima com ele quando todos os outros simplesmente desapareceram, e eu realmente acho que perdi a luta e que ele não venceu a luta. Tive meu primeiro dia ruim no trabalho, e olhando para trás, obviamente estou um pouco tendencioso, mas acho que ganhei o primeiro, o segundo poderia ter ido para qualquer um, e ele ganhou o terceiro. Aprendi com isso e estou realmente orgulhoso da luta. Nunca mudará meu desejo de ter a jornada do lutador, aquela identidade viajante".

A primeira derrota é sempre difícil, mas Theodorou deu um passo a frente, assim como seus pais, que estavam presentes naquela noite em Las Vegas, mesmo que tenham visto seu bebê deixar o Octógono precisando de 30 pontos.

Elias Theodorou of Canada poses on the scale during the UFC weigh-in at the Park Theater on July 6, 2017 in Las Vegas, Nevada. (Photo by Brandon Magnus/Zuffa LLC)

Elias Theodorou na pesagem do UFC Fight Night em Las Vegas, em 2017. (Foto por Brandon Magnus/Zuffa LLC)


"Meus pais estavam na arquibancada e eu dei a ambos um ataque cardíaco durante a luta, mas uma vez que fui costurado, saí para mostrar-lhes que eu estava bem e eles foram os primeiros a dizer o quanto estavam orgulhosos", disse ele após a luta. "Felizmente, o velho ditado diz: 'As garotas gostam cicatrizes', então eu conquistei algumas dessas".

Ele não ficaria em baixa por muito tempo. Em junho de 2016, ele derrotou Sam Alvey, e em sua primeira luta de 2017, ele superou Cezar Mutante. Em seguida teve uma derrota para Brad Tavares, mas em suas quatro últimas lutas no Octógono, ele venceu três delas, com vitórias sobre Dan Kelly, Trevor Smith e Eryk Anders, respectivamente, na Austrália, Inglaterra e em Toronto. A única derrota naquele período foi por decisão para Derek Brunson, mas ele terminou sua carreira com uma de maneira positiva, vencendo Hernani Perpetuo, Matt Dwyer e Bryan Baker no circuito regional para fechar com um cartel de 20-3.

Foi uma carreira e uma vida para se orgulhar, e que terminaram muito cedo. Mas assim como ele queria, Elias Theodorou causou um impacto em seus 34 anos, um impacto que não será esquecido.

A família UFC envia suas mais sinceras condolências à família e amigos de Elias Theodorou.