Retrospectiva 2020: as dez melhores finalizações do ano

Uma das melhores strikers do MMA mostrou seu poder de finalização de forma impressionante, quando a peso-galo Germaine de Randamie venceu Julianna Peña no terceiro round.
 
Após uma início estudado, Germaine atordoou Peña com a mão direita, deixando um aviso de que a rival pagaria caro caso se aproximasse. Outros golpes vieram, mas Peña conseguiu colocar “The Iron Lady” no solo no fim do primeiro round.
 
Uma troca selvagem de golpes permitiu Peña entrar em um clinch com de Randamie quando o segundo assalto começou e ela levou a luta para o solo. As duas trocaram golpes até Peña buscar um estrangulamento, com ajuda de Germaine, que quase foi foi finalizada.
 
Mas foi no terceiro assalto que veio o momento derradeiro. Peña iniciou o clinch, mas ao tentar uma queda, de Randamie travou na guilhotina e foi o fim da luta, com Jason Herzog parando aos 3m25s do terceiro round.

Um novo campeão peso-mosca do UFC foi coroado na Ilha da Luta, quando Deiveson Figueiredo venceu Joseph Benavidz pela segunda vez consecutiva - e desta vez sem polêmica. O brasileiro conseguiu três knockdowns contra o adversário antes de finalizá-lo no primeiro round.

Foi uma revanche de luta vencida por Figueiredo em fevereiro, mas ele não se qualificou para o título deixado por Henry Cejudo por não ter batido o peso. Adicione a polêmica em torno da vitória de Figueiredo por conta de uma cabeçada não intencional na luta anterior. Porém, diferente do primeiro duelo, em que foi competitivo, a revanche foi uma demonstração de poder devastadora de “Deus da Guerra”.

Logo no começo o brasileiro derrubou Benavidez com a mão direita. Parecia que a luta havia acabado, mas Benavidez resistiu e se livrou de várias tentativas de mata-leão do brasileiro. No meio do round, a luta voltou a ficar em pé. Faltando 90 segundos para o fim, Benavidez foi derrubado pela segunda vez, mas se recuperou, pronto para voltar ao combate. Mas após o terceiro knockdown, Figueiredo não daria chances e e desta vez o mata-leão encerrou a luta, com o tempo oficial do árbitro Marc Goddard paralisado aos 4m48s do primeiro round.

Thiago Moises deixou sua marca na luta contra Michael Johnson, recuperando-se de um primeiro round difícil para finalizar “The Menace” no segundo.

Johnson dominou os primeiros cinco minutos, impedindo as duas tentativas de queda de Moises enquanto desferia golpes no rival. A história foi diferente no segundo assalto, quando Moises foi com tudo para conseguir uma queda uma queda. O brasileiro não conseguiu de início, mas continuou empurrando e puxando a guarda, travando a perna de Johnson e conseguindo uma chave de calcanhar.

Kelvin Gastelum estava pronto mentalmente e fisicamente para quebrar uma sequência de duas derrotas consecutivas, mas o rival Jack Hermansson colocou um fim enfático aos planos do lutador, finalizando-o no primeiro round.

Hermansson estava se preparando para uma queda precoce, mas Gastelum reverteu o movimento, aparentemente se colocando no controle. Hermansson, em segundos, fez tudo ir por água abaixo com uma chave de calcanhar que encerrou a luta aos 1m18s da estrofe de abertura.

Vindo do Contender Series, Jimmy Flick marcou sua estreia no UFC, finalizando Cody Durden no primeiro round.

Durden colocou Flick no chão cedo, mostrando ao seu adversário que ele estava pronto para atuar onde quer que a luta fosse. Flick se recuperou bem quando eles se levantaram. Ao acertar um chute na cabeça, Flick saltou e puxou Durden para um triângulo voador que forçou a finalização na marca de 3m19s.

Charles Oliveira continuou impressionando e mostrando sua evolução na na luta principal do UFC Brasília ao finalizar Kevin Lee na luta principal do evento.

Charles começou melhor, mas Lee entrou no ritmo com o tempo. O brasileiro levou a luta para o chão e começou a buscar a finalização, com Lee defendendo-se bem.

A trocação de Lee mostrou-se afiada no segundo round, mas Charles continuou marchando para frente com seus próprios ataques, acertando um uppercut que desacelerou o rival. Faltando pouco mais de três minutos para o fim, Lee foi para a queda queda, quase sendo atingido por um armlock no processo. O norte-americano se soltou enquanto Oliveira se punha de pé, mas logo veio outra queda que manteve Lee por cima até o fim.

Lee disparou para cima de Charles no terceiro assalto, mas aí caiu na armadilha do brasileiro: a guilhotina. O norte-americano bateu 28 com 28 segundo e, por mais que ele protestasse, os replays mostraram o feito do brasileiro.

Depois de um ano brutal, onde perdeu seu pai e teve desmarcar lutas por conta do COVID-19, Khabib Nurmagomedov finalmente pode ficar aliviado, já que o campeão peso-leve defendeu com sucesso seu título com uma finalização no segundo round contra Justin Gaethje.
 
Mas sua vitória na luta principal do UFC 254, na Ilha da Luta, foi seguida por um fato chocante quando ele anunciou sua aposentadoria aos 32 anos.
 
“Hoje quero dizer que foi minha última luta”, disse Nurmagomedov, cujo cartel invicto agora era de 29-9. “De jeito nenhum vou vir aqui sem meu pai. Depois do que aconteceu com meu pai, quando o UFC me chamou sobre Justin, conversei com minha mãe por três dias. Ela não queria que eu fosse lutar sem meu pai, mas eu prometi a ela que seria minha última luta. E se eu der minha palavra, eu tenho que seguir isso”. Abdulmanap, pai de Khabib, faleceu em julho.
 
Depois de um breve estudo, Numagomedov tentou encurtar a distância, enquanto Gaethje acertava bons golpes. O russo manteve a pressão, acertando joelhadas, chutes e socos. Faltando pouco mais de um minuto para o final, Gaethje acertou boa sequência, mas momentos depois Nurmagomedov o derrubou. O campeão rapidamente se moveu para a montada e quase pegou o braço, mas a buzina interveio.
 
Gaethje se concentrou em chutar a perna de Nurmagomedov no início do segundo round, mas o russo respondeu com uma queda rápida e um movimento ainda mais rápido para a montada, onde travou o triângulo que encerrou a luta.
 
Foi o final perfeito para uma carreira perfeita.

Aljamain Sterling não deixou dúvidas de que é o próximo desafiante ao cinturão dos galos depois de finalizar Cory Sandhagen de maneira espetacular no primeiro round.

Sterling correu atrás de Sandhagen quando a luta começou e rapidamente o levou para o chão e pegou suas costas. A primeira tentativa de mata-leão não encaixou, deu números finais com menos de dois minutos de luta.

Mackenzie Dern conseguiu uma grande vitória contra Hannah Cifers assim que colocou a rival no solo. Em sua especialidade, não foi surpresa que uma chave de calcanhar aparecesse para selar seu triunfo ainda no primeiro assalto.

Cifers foi para o ataque imediatamente, jogando Dern na grade, onde ela acertou joelhadas e socos. Dern se libertou e mostrou rapidez na troca de golpes. A luta então foi para o chão e, momentos depois, Mackenzie fez sua rival bater em desistência.

As brasileiras Ariane Lipski e Luana Carolina eram conhecidas por seu jogo em pé, uma finalização no primeiro round marcou a primeira vitória da "Rainha da Violência" nesta forma dentro do UFC.

Lipski conseguiu um knockdown nos primeiros 30 segundos da luta, colocando o duelo no solo. Carolina tentou travar uma perna, mas Lipski trabalhou calmamente para uma chave de joelho e conseguiua finalização mais impressionante do ano ainda no primeiro round.

MENÇÕES HONROSAS: Figueiredo x Perez, Hooper x Barrett, Ferreira x Pettis, Chimaev x Phillips, Greene x Villante, Royval x Kara-France, Ribas x VanZant, Hansen x Frey, Romanov x De Lima, Oleinik x Greene, Miller x Roberts, Kelleher x Osbourne, Amirkhani x Henry, Perez x Espinosa.

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