Rodolfo Vieira se diz “faixa branca” no MMA mas celebra evolução e garante: “Vou chegar lá”
Brasileiro falou sobre a vitória sobre Dustin Stoltzfus no UFC Vegas 31, no último sábado
Rodolfo Vieira conquistou um importante triunfo no UFC Vegas 31, no último sábado, quando finalizou Dustin Stoltzfuz com um mata-leão no 3º round, voltando à coluna das vitórias após ter sofrido sua primeira derrota no MMA em fevereiro deste ano.
Em conversa com a reportagem do UFC Brasil após o combate, o brasileiro admitiu que, apesar da boa performance, seu principal sentimento antes de entrar no Octógono no último final de semana era o de preocupação.
"Se eu disser que estava totalmente tranquilo, vou estar mentindo. Eu estava nervoso, com medo de falhar de novo”, admitiu. “Mas eu conversava com meu psicólogo e meu coach e eles me tranquilizavam dizendo que eu tinha feito tudo o que podia para estar ali, que eu tinha que dar meu máximo e tentar lutar tranquilo, sem responsabilidade. Foi o que eu fiz".
Rodolfo Vieira of Brazil secures a standing rear naked choke submission over middleweight Dustin Stoltzfus at UFC Fight Night: Makhachev vs Moises in Las Vegas, Nevada on July 17, 2021. (Photo by Jeff Bottari/Zuffa LLC)
Dono de cinco títulos do campeonato mundial de jiu-jítsu, campeão do prestigiado ADCC e com tantas outras conquistas no mundo da luta agarrada, o carioca de 31 anos não esconde que se acostumar a trocar socos e chutes com os oponentes não tem sido uma missão fácil; mas garante que o duelo com Stoltzfus representou um grande passo nesse sentido.
"Eu não queria vencer para provar para ninguém que eu ia dar a volta por cima. Queria provar para mim mesmo que posso vencer meus medos, enfrentar meus fantasmas, chegar ali, lutar e ganhar. Eu queria provar para mim que posso lutar em pé”, disse. “Vi algumas pessoas dizendo, 'Ah, lutou em pé para agradar ao UFC'. Não é isso. Lutei para me testar, ver se eu era capaz de lutar em pé e consegui”.
Treinando MMA há menos de cinco anos, Rodolfo soma agora oito triunfos e uma derrota na modalidade, a após conquistar seu terceiro triunfo por finalização no Ultimate, demonstra confiança e humildade ao falar sobre o futuro.
“Sei que não cheguei nem perto do nível que vou alcançar. Eu só preciso de tempo e maturidade, porque tenho pouco tempo desde a minha estreia no MMA”, disse. “O que eu trouxe do jiu-jítsu que está me ajudando a superar todas as dificuldades é minha dedicação, meu esforço, minha raça, meu empenho. Me colocar no lugar de um faixa-branca, de um iniciante e querer aprender o tempo todo na academia, de mente aberta, está me ajudando”.
“Mas eu tenho ciência de que tenho muita coisa a melhorar e tenho tempo e saúde para isso. Eu vou chegar lá", concluiu. "Você pode ter certeza que, na próxima luta, eu vou estar melhor em pé, meu tempo de queda vai estar melhor e meu jiu-jítsu vai estar melhor ainda”.